Santos: Odair admite dificuldade em bola parada e lamenta desgaste físico
Após o empate por 2 a 2 com o Corinthians, na tarde de hoje (26), o técnico Odair Hellmann afirmou que o Santos precisa melhorar muito nas bolas paradas apesar das dificuldades que possui no elenco.
Características complicam. "Tivemos dificuldade de novo em uma situação que vamos ter que melhorar muito porque ela está fazendo a diferença em momentos que estamos melhores na partida, com o domínio do jogo. Sofremos dois gols de bola parada. É uma fase do jogo que vamos precisar melhorar. Temos dificuldade de característica de jogadores, nossos volantes são baixos e nossos centroavantes não têm característica de cabeceio".
Copa do Brasil atrapalhou. "Não estou dando desculpa, mas passamos uma semana não limpa e o Corinthians está limpo. No segundo tempo, sentimos o ritmo. No momento que recuperávamos a bola, essa transição não tinha a energia que poderia ter em um jogo que com certeza se tivéssemos descansado um pouco mais teríamos a energia para imprimir também no segundo tempo uma marcação mais forte".
Parte física fez diferença. "Se tivéssemos um pouco mais condição física, o jogo teria sido um pouco diferente, isso eu afirmo. Não sei se ganharíamos, mas íamos imprimir mais intensidade, transição em velocidade, mais intensidade na marcação, o que no segundo tempo cansamos um pouco".
Veja tudo que o técnico Odair Hellmann falou na entrevista coletiva:
Arbitragem
Arbitragem não vou falar nada. Contar até dez e seguimos.
Análise do jogo
Sobre o jogo, tínhamos expectativa de repetir a equipe, mesmo sabendo da condição física que poderiam sentir, mas tivemos problema do Ângelo e do Felipe e tivemos que mudar. A equipe fez um bom jogo, principalmente até os 30 minutos do primeiro tempo, onde tive intensidade e agressividade, talvez não tenha criado tantas oportunidades, mas teve controle do jogo, das ações. Tivemos dificuldade de novo em uma situação que vamos ter que melhorar muito porque ela está fazendo a diferença em momentos que estamos melhores na partida, com o domínio do jogo. Sofremos dois gols de bola parada. É uma fase do jogo que vamos precisar melhorar. Temos dificuldade de característica de jogadores, nossos volantes são baixos e nossos centroavantes não têm característica de cabeceio. Vamos tentar melhor em treinamento, mas depende da situação de jogo, da batida do adversário também. Segundo tempo ficou mais truncado e o Corinthians teve mais a parte ofensiva. Quando tentamos os movimentos para ganhar o jogo, deixamos um pouco de contra-ataque, mas não muitas situações. Ressaltar que duas vezes buscamos o placar mesmo em situação difícil física. Todas as substituições que fiz, exceção do Rwan, foi porque os caras pediram para sair. Corinthians só se preparou para esse jogo, isso faz diferença. Nós tivemos desgaste físico e mental para conseguir uma classificação. Corinthians é um time pronto, joga junto há muito tempo. Nós somos uma equipe em construção. Com todas as dificuldades, nós fizemos um bom jogo e ressaltar que nós já estamos evoluindo em alguns aspectos e é melhorar algumas situações como a bola parada.
Falta confiança?
Hoje não. No segundo tempo sentimos fisicamente o ritmo. Imprimimos uma intensidade muito grande, pressionamos alto, dificultamos a saída de bola, ganhamos bolas. Dia muito quente. Não estou dando desculpa, mas passamos uma semana não limpa e o Corinthians está limpo. No segundo tempo, sentimos o ritmo. No momento que recuperávamos a bola, essa transição não tinha a energia que poderia ter em um jogo que com certeza se tivéssemos descansado um pouco mais teríamos a energia para imprimir também no segundo tempo uma marcação mais forte. Poderíamos ter saído com a vitória, o Corinthians também criou, então acho que o resultado foi justo por tudo que as equipes fizeram em campo.
Saúde mental dos jogadores
É normal. Um clássico. Discussão de jogo e tem que ter. Não pode desequilibrar, desfocar e perder organização. Dentro do vestiário tem essas discussões, no treinamento também. Não pode levar para o lado pessoal. Está dentro da normalidade do futebol de uma cobrança. Quando você está tendo uma dificuldade e acaba sofrendo o gol naquela situação, há uma conversa. Essas situações não passando do ponto, está dentro de uma discussão normal e temos que nos focar no que precisamos fazer no aspecto tático e técnico.
Maicon
Já fiz as trocas na defesa, tenho feito em todas as posições. Não é por isso. Não tenho deixado de fazer os movimentos e buscar os encaixes. Vamos continuar buscando a formação ideal dentro da nossa ideia de característica de time. Claro que ninguém gosta de ser vaiado, não sei qual foi o aspecto específico. A gente sempre avalia a forma coletiva para fazer as escolhas para o time estar forte e desempenhar. Maicon tem sido jogador importante dentro do grupo, partidas melhores ou piores todos fizeram, faz parte do processo. Estamos avaliando as situações não só pelo individual, mas pelo contexto de característica e de toda uma situação. Se a gente tiver que fazer um nova escolha para frente para buscar um equilíbrio da equipe, vamos fazer.
Brasileirão
Brasileiro é outro aspecto. Você tem que ter posse de bola e capacidade técnica de envolver o adversário através de posse de jogo e transições que a equipe tem como característica. Mas vamos ter que subir a régua em relação a intensidade. Estamos em construção e hoje enfrentamos um time que foi finalista da Copa do Brasil, está montado, e enfrentamos eles de igual para igual. Tivemos nossas dificuldades e eles tiveram também as deles. A gente está em um estágio de evolução. Nos últimos jogos conseguimos um equilíbrio maior e por isso a busca da repetição. Vamos ter que nos fortalecer mais como time em intensidade, em competitividade. Esses ajustes estamos fazendo durante o processo. Preciso salientar, não sei qual foi o último dia que dei um treinamento para o time que iria jogar. Precisamos continuar evoluindo para enfrentar esses jogos de campeonato brasileiro. Nossa cabeça está focada em recuperar a maioria dos jogadores e conseguir a classificação porque sempre acreditamos nela. Com todas nossas dificuldades, temos méritos de estar aqui na última rodada buscando a classificação. E a partir daí é outro campeonato.
Ituano
Carabajal começa semana que vem transição física. Perdemos Marcos Leonardo. Confesso que vou usar dois, três dias para recuperar quem vem de sequência pesada. O que eles correram hoje e quinta-feira... Não é só um desgaste físico, é mental também. Amanhã temos folga. Quero cada um na sua casa com a família. Terça retomamos. A partir de quarta e quinta visualizamos o time para enfrentar o Ituano. Gostaria de ter a semana de segunda a sábado para corrigir no treinamento, mas até o meio da semana teremos recuperação.
Daniel Ruiz
Temos que entender vários aspectos. É um jovem vindo para outro país passando por adaptação. É um meia que pode jogar do lado com uma característica específica. E aí você precisa visualizar todos os aspectos do jogo. Ele é um menino tímido, a gente está conversando com ele, dando todo o apoio, mas também precisamos visualizar o time. Um time de futebol não se faz só com técnica, ela pode fazer a diferença, mas precisa ter intensidade, duelo, competição. Você tem muitos jogadores com a boal você precisa resolver o problema. Se você não dá sequência em passe, em posse, em jogo apoiado, você vai sofrer muito mais lá atrás. Então, esses encaixes que acontecem com Ruiz, Ângelo, Lucas Lima... até agora a gente não tem usado um tripé de meio-campo mais consistente, mais marcador, nem conseguiu testar, está usando com outras características. Ele vai ter suas oportunidades e vai evoluir. É um outro ritmo, ele está buscando esse ritmo melhor. Ele vai conseguir mostrar, mas vai ser em um processo. Ivonei tem recebido oportunidade e tem mostrado. Lucas estava há três meses parada, colocamos ele sem pré-temporada e tem feito muito bem, mas no fim tem perdido um pouco a intensidade. Ele mesmo tem falado em substituição e eu tenho usado o Ivonei que está em um momento bom. Daniel vai receber sua oportunidade dentro da nossa estratégia.
Finalizações
Em um jogo como esse, não vai ter muitas chances de gol, a não ser que tenha muita superioridade que não foi o caso hoje. Os gols que sofremos foi bola parada. Nesse aspecto, com certeza o jogo passado finalizamos 15, 18, no anterior 25... não dá para trazer para esse jogo. Acho que hoje foi um jogo igual, cada um procurou dentro da sua ideia vencer a partida e acho que nesse aspecto o Corinthians nem teve essa superioridade toda. Trabalhamos para ter o máximo de oportunidades, mas acho que temos produzido. Hoje sofremos muito no aspecto físico. Se tivéssemos um pouco mais condição física, o jogo teria sido um pouco diferente, isso eu afirmo. Não sei se ganharíamos, mas íamos imprimir mais intensidade, transição em velocidade, mais intensidade na marcação, o que no segundo tempo cansamos um pouco e tanto que todas as substituições jogadores que terminariam o jogo não conseguiram ficar em campo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.