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Dirigente do Ceará promete reforços após sofrer goleada por 14 a 0

Eduardo Arruda concedeu entrevista coletiva nesta terça, para falar sobre o time de futebol feminino do Ceará - Marcelo Vidal/Ceará SC
Eduardo Arruda concedeu entrevista coletiva nesta terça, para falar sobre o time de futebol feminino do Ceará Imagem: Marcelo Vidal/Ceará SC

Do UOL, em São Paulo

28/02/2023 13h38

Após um início de 2023 bastante ruim, o time feminino do Ceará irá se reforçar. É o que garantiu o diretor administrativo do clube, Eduardo Arruda, nesta terça-feira, em coletiva em Porangabuçu.

Em apenas dois jogos em 2023, o time sofreu 24 gols. Na estreia da Série A1 do Brasileiro Feminino, o Vovô enfrentou o Corinthians, uma das potências do futebol feminino brasileiro, e acabou sofrendo uma goleada histórica, por 14 a 0. Antes disso, as Meninas do Vozão já haviam sofrido outra goleada. Na ocasião, a equipe foi derrotada pelo Flamengo por 10 a 0 na Supercopa do Brasil, no início de fevereiro.

Desde antes do carnaval a gente já tinha anunciado quatro atletas. Duas goleiras, uma zagueira, e uma atacante, que já entrou no último jogo. Fechamos já com cinco atletas. E para semana que vem, mais cinco. Vamos contratar de 13 a 14 atletas, com aval da diretoria."
Eduardo Arruda, em entrevista coletiva

O dirigente revelou nomes de jogadores já contratadas: zagueira Karen, goleira Míriam, goleira Manu e atacante Helen. Além delas, o clube também já teria contratado para as posições de lateral-esquerda, lateral-direita, volante, meia e atacante. E nos próximos dias, o clube ainda buscará contratar de quatro a cinco reforços.

Eduardo também falou sobre as mudanças no elenco entre 2022 e 2023: "Após o fim da temporada, dispensamos algumas atletas e começamos a estudar a parte financeira do clube para saber como seria daqui para frente. A parte política atrapalhou o processo do futebol feminino para alinhas as coisas financeiras. Não foi maldade do clube. Há uma pressão muito grande", disse Eduardo.

Entenda a queda brusca do produção do time

O time feminino do Ceará foi campeão brasileiro da Série A2 do Brasileiro Feminino em 2022, garantindo vaga para a elite da categoria deste ano. Mas com o rebaixamento do time masculino para Série B, o orçamento da equipe mudou e isso impactou diretamente nas outras modalidades, inclusive o futebol feminino, que comprometia apenas 1% do orçamento total.

Com isso, o time foi desfeito, jogadoras saíram e o clube acabou entrando em campo nos primeiros jogos com atletas das categorias de base - algumas com 15 anos. O Ceará entra em campo já no próximo sábado contra o São Paulo, às 15h. Será o primeiro duelo da equipe alvinegra em casa e vai ser disputado no Domingão.

Por falar em mando, o diretor também falou sobre o mando de jogos da equipe: "Nós solicitamos à CBF a mudança do jogo do sábado para o domingo, às 10 horas da manhã, no PV. Estamos alinhando para ver se vai ser check-in para sócio, se vai ser ingresso. Estamos aguardando o posicionamento."

"Elas estão felizes"

Eduardo também afirmou que as derrotas elásticas não abalaram o emocional das meninas: "O impacto aqui dentro é diferente. Elas estão super felizes. A oportunidade que foi dada para elas trabalharem, de participar de uma competição nacional, o impacto dos gols e ela chorar é uma coisa, mas isso foi o reverberado, massacrado. Mas a atleta está super feliz, está trabalhando feliz. Nós que fazemos o clube, temos outro entendimento porque a gente convive."

O diretor completou dizendo que será dado apoio especializado em termos de saúde mental: "Já estamos alinhando departamento psicológico e assistente social da base para o futebol feminino. Já temos o aval para isso. Não tem essa guerra dentro. É diferente. Felizes, alegres, contentes. Mas o que passou foi a imagem dela chorando."

A fala do dirigente causou algumas críticas nas redes sociais: