Vídeo: atleta da seleção do Brasil de amputados repete gol do Prêmio Puskas
Willliam Farias, o W10, da seleção brasileira de amputados, repetiu o gol de Marcin Olesky, que venceu o prêmio Puskás como gol mais bonito na categoria The Best.
O que aconteceu?
A jogada foi parecida com o gol do atleta que conquistou o Prêmio Puskas na cerimônia do The Best, da Fifa. Na ocasião, Olesky superou o gol do brasileiro Richarlison na Copa do Mundo como o mais bonito da temporada.
É um tipo de gol que não é comum. Não é sempre que se consegue o movimento, tempo de bola e estar bem posicionado. Você tem que apoiar todo o seu corpo em uma muleta e aguardar o tempo da bola para acertar e ter a direção certinha. E não tem explicação [risos], é algo bem incomum realmente. Normalmente é um chute no gol, no ângulo. É um movimento complicado de fazer, mas tive a felicidade de acertar", William Farias
Assista ao gol que ganhou o Puskás:
Acidente muda vida de jogador
William sofreu um acidente de moto em 2011 e, quando soube da amputação, se frustrou. O futebol já fazia parte do seu dia a dia, mas não profissionalmente. Após a perda do membro ele encontrou refúgio no esporte para amputados.
Hoje, além de atuar em campo, William ajuda outras pessoas com deficiência por meio de projetos de clubes e a ABDF (Associação Brasileira de Deficientes Físicos): "Isso mudou a vida da pessoa depois de passar por uma perda de um membro e conseguir se resgatar por meio do esporte", disse ao UOL.
Apesar de o esporte ocorrer com muletas, William afirma que não é uma modalidade lenta ou chata. Na verdade, se compara muito às sensações do futebol convencional.
No começo foi difícil por ter que se locomover com uma muleta. A dinâmica é grande, quem não tem o conhecimento acha que é um esporte lento, chato. Mas não, tem muita raça, muita dedicação. Tem uma disputa muito grande entre os atletas. Vi que era possível fazer gols, dar carrinho, brigar, gritar, a adrenalina é bem parecida com o futebol convencional", conclui.
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