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STJ dá 1º passo para que amigo de Robinho cumpra pena de estupro no Brasil

Robinho durante clássico entre Atlético-MG e Cruzeiro, em 2017 - Pedro Vilela/Getty Images
Robinho durante clássico entre Atlético-MG e Cruzeiro, em 2017 Imagem: Pedro Vilela/Getty Images

Bruno Menezes

Do UOL, em São Paulo (SP)

02/03/2023 13h11

A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura, determinou, nesta quinta-feira, a citação de Ricardo Falco, amigo do ex-jogador Robinho, no processo em que o governo da Itália pede a homologação da sentença que o condenou os dois a nove anos de reclusão pelo crime de estupro coletivo.

A homologação do STJ é o primeiro passo para que a decisão da Justiça italiana possa ser executada no Brasil.

O que aconteceu

  • Foi enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) um despacho pedindo que o endereço de Ricardo seja localizado;
  • A magistrada observou que, em exame preliminar, o pedido de homologação atende os requisitos legais previstos no artigo 216-D do Regimento Interno do STJ;

Próximos passos

A exemplo do amigo Robinho, o processo contra Falco seguirá os seguintes prazos:

  • 30 dias úteis para um oficial de Justiça encontrar Ricardo e informá-lo da existência do processo.
  • 15 dias úteis para Ricardo se defender.
  • 5 dias úteis para réplica do MP e tréplica de Ricardo Falco e sua defesa.
  • 15 dias para o MP fazer sua manifestação final.

O processo será distribuído a um relator integrante da Corte Especial se a defesa apresentar contestação ao pedido da Justiça italiana. Caso não haja essa contestação, a atribuição de homologar sentença estrangeira é da presidenta do Tribunal.

Ontem, a UBM (União Brasileira de Mulheres), entrou com um pedido formal no STJ para entrar no processo como "amiga da corte", apenas no processo de Robinho, e ainda não foi respondido pelo tribunal. Ao UOL Esporte, a presidenta da entidade, Vanja Andréa Santos, revelou que pretende entrar com o mesmo recurso contra Falco: "Visualizamos nele a mesma conduta do Robinho e com o mesmo efeito".

Relembre o caso

A Justiça italiana pede para que Robinho e Ricardo Falco cumpram a pena de nove anos no Brasil. Ambos foram condenados por estupro coletivo na Itália

Antes, os italianos pediram a extradição apenas de Robinho para a Itália, o que não é permitido pela Constituição brasileira e, logo, foi negado.

Para o Ministério da Justiça do Brasil, a solução seria a transferência da execução da pena, que teria amparo na lei de extradição entre Brasil e Itália.