777 passa longe de promessa, mas Vasco pega Fla com forte investimento
"Tem uma promessa que eu posso fazer para os torcedores: essa vai ser a última vez na história que o Vasco vai jogar contra o Flamengo com desvantagem no orçamento".
Foi com esta frase bombástica que o sócio-proprietário da 777 Partners, Josh Wander, inflamou os vascaínos ainda durante o processo de aquisição da SAF do clube, gerando ao mesmo tempo expectativa e forte pressão sobre os homens que agora comandam o departamento de futebol.
A declaração aconteceu em março do ano passado, antes da semifinal do Campeonato Carioca contra o Rubro-Negro. Passado um ano, o empresário não chegou a cumprir a promessa, embora tenha investido na montagem do elenco cruz-maltino para a temporada de retorno à Série A.
Em meio à reformulação no elenco, o Vasco fez 13 contratações nesta janela de transferência, com cerca de R$ 108 milhões investidos.
Houve, por exemplo, o pagamento de R$ 10,4 milhões à vista ao Kashiwa Reysol, do Japão, para a contratação do atacante Pedro Raul, vice-artilheiro da edição passada do Campeonato Brasileiro.
Os valores movimentados no mercado, porém, ainda são menores que os do Flamengo. O clube da Gávea comprou os direitos de Gerson e de Ayrton Lucas em transações que, somadas, giraram em torno de R$ 133 milhões.
Políticas diferentes
O Conselho de Administração do Flamengo aprovou, em dezembro, uma proposta orçamentária que apontava para R$ 1 bilhão de receita total, além de um investimento de R$ 230 milhões em "atletas (aquisições anteriores e novas) e melhorias no patrimônio físico do clube".
No caso do Vasco, sob a gestão da 777, não haverá divulgação do documento. Por contrato, a empresa tem de investir R$ 700 milhões ao longo de três anos, e assumir mais R$ 700 milhões das dívidas do clube.
A 777 vai apresentar o documento aos membros da associação, que ainda detém 30% das ações da SAF, para que seja analisado se o contrato debatido à época da venda está sendo cumprido.
Declaração já gerou "climão"
A declaração de Josh Wonder gerou um mal-estar para o diretor Paulo Bracks. Na apresentação de Abel Braga como coordenador e Mauricio Barbieri como técnico, o dirigente se incomodou com as perguntas dos jornalistas sobre o que o sócio-proprietário da 777 havia dito meses antes.
"Não respondo ao que o Josh fala. Quem sou eu para falar sobre o que o Josh se manifesta? Não vou entrar nessa. O que eu digo é que o nosso orçamento, não comparado com o de outros clubes, é muito maior do que o nosso nesse ano [2022]. É um orçamento condizente para sermos competitivos em uma Série A. É um orçamento que o Vasco nunca teve. Não vou entrar em comparativo com outro clube, sobretudo o clube rival", respondeu, após o primeiro questionamento.
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