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Paulista - 2023

Barletta, velocidade e mais: As armas do São Bernardo contra o Palmeiras

Chrystian Barletta, do São Bernardo, comemora gol contra a Inter de Limeira pelo Paulistão - Diogo Reis/AGIF
Chrystian Barletta, do São Bernardo, comemora gol contra a Inter de Limeira pelo Paulistão Imagem: Diogo Reis/AGIF

Do UOL, em São Paulo

06/03/2023 04h00

O São Bernardo foi a sensação da primeira fase do Campeonato Paulista, e promete complicar contra o Palmeiras, no próximo fim de semana, em jogo único pelas quartas de final.

O Tigre do ABC tem o segundo melhor ataque o foi vice na classificação geral. Os comandados de Márcio Zanardi garantiram a vaga no mata-mata com antecedência e disputaram a ponta do Grupo D com o Palmeiras até a última rodada. A derrota para o Água Santa, ontem, impediu o São Bernardo — mesmo com empate do Alviverde — de assumir a ponta.

Invencibilidade contra times da Série A. Na fase de grupos, o São Bernardo venceu Corinthians e São Paulo, sendo o último no Morumbi, e empatou com Santos e Red Bull Bragantino.

Como joga

Sistema incomum: três zagueiros, dois alas, dois meio-campistas e três atacantes. Mesmo com a teórica ofensividade, o esquema deixou a equipe sem tomar gol por mais de dez jogos seguidos na campanha da Série D.

Pressão sobre as defesas: os pontas Barletta e Matheus Régis (ou Léo Jabá), ao lado do centroavante João Carlos, incomodam a saída de bola adversária e, protegidos pelos alas, forçam o erro o mais rápido possível.

Com a bola no pé, velocidade é a marca registrada: os meio-campistas são os termômetros e responsáveis por dar início às rápidas jogadas ofensivas do Tigre. Os alas também incomodam pelo fundo do campo e criam problemas para os rivais.

Márcio Zanardi - Marcello Zambrana/AGIF - Marcello Zambrana/AGIF
Márcio Zanardi, técnico do São Bernardo, em jogo contra o São Paulo pelo Paulistão
Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Os pilares do São Bernardo

Alex Alves e Matheus Salustiano são os guardiões. Experientes, goleiro e zagueiro são titulares da equipe desde 2022 e dão a segurança necessária para permitir investidas e improvisos dos companheiros no ataque

Rodrigo Souza é o xerife, mas também joga com a bola no pé. Capitão do São Bernardo, o volante de 35 anos tornou-se o "cão de guarda" da equipe e, com isso, acaba muitas vezes se sacrificando pelos zagueiros: ele tomou seis cartões amarelos nos nove jogos que fez. No ataque, no entanto, ele vai bem, e já marcou três gols no estadual.

Barletta baila no ataque. Cotado no Corinthians, o ponta virou forte candidato ao prêmio de revelação do Paulistão. Driblador nato, ele joga pela ponta direita, mas já atuou como meia e até como centroavante com Zanardi — o jovem de 21 anos já fez quatro gols na competição.