Topo

Robinho indica primos de Geraldo Alckmin para defendê-lo no STJ

Bruno Menezes, e Lucas Musetti Perazolli

Do UOL, em São Paulo (SP) e Santos (SP)

10/03/2023 13h51

Nesta sexta-feira, Robinho indicou o jurista José Eduardo Alckmin, ex-ministro do TSE, para defendê-lo no processo junto ao STJ que avalia o pedido do governo italiano para que o jogador cumpra no Brasil a pena de nove anos de prisão por estupro — ele foi condenado pela justiça da Itália. José Eduardo é primo de Geraldo Alckmin, atual vice-presidente da República.

Além de José Eduardo, fazem parte do corpo de advogados Rodrigo Otávio Barbosa de Alencastro, Pedro Junior Rosalino Braule Pinto, José Augusto Rangel de Alckmin e João Paulo Chaves de Alckmin, também primos do ex-governador de São Paulo.

Nesta sexta, o UOL divulgou que Robinho não é encontrado nos locais que costumava frequentar na Baixada Santista. Segundo pessoas que têm contato com o jogador, ele ficou em alerta com a repercussão recente de seu caso, especialmente após o Ministério Público Federal concordar em transferir sua pena de prisão ao Brasil.

Em nota enviada à reportagem, a assessoria de Robinho afirma que ele permanece no município do litoral paulista.

O jogador está dedicado à sua família e se encontra todos os dias em sua casa, em Santos. Cabe esclarecer que ele não reside em São Vicente há mais de 20 anos. O jogador está permanentemente à disposição da Justiça, como sempre está à disposição."
Nota enviada pela assessoria de Robinho

A reportagem ligou para os números do escritório Alckmin Advogados, sediado em Brasília, mas nenhuma das ligações foi atendida. A defesa anterior do ex-atacante também não foi localizada para comentar a mudança no processo.

A situação de Robinho

O governo italiano pediu ao Brasil que execute a pena do ex-jogador Robinho e de seu amigo Ricardo Falco, condenados em última instância a nove anos de prisão por terem estuprado em grupo uma jovem de 23 anos na noite do aniversário da mulher, em janeiro de 2013.

Na época, o ex-atacante jogava no Milan. Os pedidos foram assinados por Carlo Nordio, ministro da Justiça italiano, em 24 de janeiro e mandados ao governo brasileiro através de canais diplomáticos no dia 31.