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Santos tem música barrada e 'vence o silêncio' para garantir R$ 2 milhões

Odair Hellmann, técnico do Santos, na partida contra o Iguatu, pela Copa do Brasil 2023 - Fernanda Luz/AGIF
Odair Hellmann, técnico do Santos, na partida contra o Iguatu, pela Copa do Brasil 2023 Imagem: Fernanda Luz/AGIF
Lucas Musetti Perazolli e Gabriela Brino

Do UOL, em Santos (SP)

10/03/2023 04h00

O Santos foi eliminado na primeira fase do Campeonato Paulista e teve quatro dias de luto antes de enfrentar o Iguatu, na Vila Belmiro, pela segunda fase da Copa do Brasil. Como se não bastasse a dificuldade natural, o Peixe precisou vencer o silêncio nos 3 a 0 que garantiram a premiação de R$ 2,1 milhões.

Punido pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) após a invasão no duelo com o Corinthians na última edição da Copa do Brasil, o Santos recebeu o Iguatu com portões fechados para a torcida.

Para frear o clima de velório na Vila, o técnico Odair Hellmann pediu músicas da torcida no sistema de som, mas o Santos consultou a CBF e a punição não permitia o "ambiente fake".

O estádio põe você para baixo em jogo assim, eu queria música da torcida. Falei com o elenco para não ser uma decisão só minha. Esse ambiente dá tristeza. O futebol sem torcedor não tem sentido. Se não está concentrado, focado, a energia vai te colocando para baixo. Não pudemos colocar música por causa da punição. Isso traz uma situação difícil".
Odair, em entrevista coletiva.

Sem o barulho da torcida, os jornalistas presentes puderam ouvir toda a movimentação do gramado. Foi possível sentir um time pouco vibrante, com apenas dois jogadores ouvidos à distância: o goleiro João Paulo e o zagueiro Messias.

Odair Hellmann entende que o Santos teve a energia necessária, mas precisa melhorar a comunicação.

"Temos que melhorar, principalmente com os jogadores de trás, visualizando todos os movimentos. Temos falado, buscado, evoluímos. O jogo hoje era de pandemia, de não ter a pressão do torcedor, que em algum momento pode pressionar, mas não tem o torcedor botando para cima quando precisa. Temos que ter a leveza, mas também a concentração e foco para se automotivar e vibrar. Os jogos ficam muito perigosos. Foi importante a equipe ter energia. Em alguns momentos eu me cuidei por causa do microfone, treinador do lado também. Eu baixei o tom, que é difícil. Temos que melhorar a comunicação, mas tivemos energia e vibração para fazer o que tinha que ser feito".

O Santos agora terá quase um mês para melhorar nos treinamentos e trazer reforços. O Peixe só deve voltar a jogar na primeira semana de abril, pela Sul-Americana. A estreia no Campeonato Brasileiro será diante do Grêmio, na Arena, no dia 15 ou 16 de abril.

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