Justiça do Rio decreta prisão temporária de chefes de torcidas organizadas
O Tribunal de Justiça do Rio decretou a prisão temporária por 30 dias de quatro presidentes de torcidas organizadas de clubes do Rio e Janeiro. Todos vão responder pelos crimes de organização criminosa, lesão corporal grave e tentativa de homicídio.
São eles Anderson Azevedo Dias, presidente da Young Flu; Fabiano de Souza Marques, da Força Jovem do Vasco; Bruno da Silva Paulino, da Torcida Jovem do Flamengo e Anderson Clemente da Silva, presidente da Raça Rubro-Negra.
O inquérito foi instaurado para apurar e identificar os possíveis autores das brigas entre organizadas antes de Flamengo x Vasco, pela Taça Guanabara.
Na decisão, que saiu no Plantão do Judiciário, a juíza Ana Beatriz Estrella justifica a urgência citando a semifinal que acontece hoje à noite, entre o time rubro-negro e o cruz-maltino. "Também no Maracanã, local onde foram iniciados os fatos que deram ensejo ao procedimento e que pode voltar a ser palco de novos episódios de violência como os ocorridos no último jogo".
O TJRJ ressalta que as confusões resultaram em destruição de bens públicos e particulares, lesões corporais graves e morte.
"A gravidade dos crimes praticados, os bens jurídicos violados e o desvalor das condutas supostamente perpetradas pelos Indiciados conduzem à adoção de enérgicas providências por parte do Poder Judiciário, devendo ser ressaltado que a liberdade dos representados pode obstaculizar a colheita de provas e, ainda, colocar em risco a vida ou a integridade física das testemunhas", afirma a juiza, em outro trecho do documento.
Nos últimos dias, torcedores receberam intimações para prestarem declarações em procedimento investigatório destinado a apurar supostas condutas tipificados como crimes de dano, tentativa de homicídio, lesão corporal e organização criminosa.
Diversas pessoas chamadas a prestar depoimento alegam não terem estado nem perto do Maracanã para o Flamengo x Vasco da Taça Guanabara.
O que aconteceu?
Integrantes de torcidas organizadas de Flamengo e Vasco entraram em confronto antes do clássico pela Taça Guanabara. A Policia Militar suspendeu a Raça e a Jovem, do Flamengo, e a Força Jovem, do Vasco, por 90 dias. Posteriormente, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro ampliou a punição por tempo indeterminado.
Dias depois, a PM colocou em vigor as medidas de afastamento que o Ministério Público do Rio de Janeiro havia determinado anteriormente às discussões do novo termo de ajustamento de conduta (TAC), que acontece depois da aprovação do Projeto de Lei que previa a anistia das organizadas.
Young Flu, do Fluminense, e Fúria Jovem, do Botafogo, também estão proibidas de frequentar praças esportivas. O Ministério Público do Rio indicou avaliar um pedido à Justiça para clássicos com torcida única. A ideia, porém, não ganhou aderência junto a outros órgãos envolvidos nas partidas.
O Governo do Rio de Janeiro apontar que envolvidos em briga de torcida serão enquadrados como "organização criminosa".
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