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Caso Scarpa: Alexandrita vale R$ 370 mil e é 6ª pedra mais cara do mundo

Alexandrita foi usada como suposta garantia por empresário acusado de golpe - Getty Images/iStockphoto
Alexandrita foi usada como suposta garantia por empresário acusado de golpe Imagem: Getty Images/iStockphoto

Do UOL, em São Paulo

14/03/2023 04h00

A alexandrita, citada no golpe aplicado em Gustavo Scarpa e Mayke, é a sexta pedra mais preciosa do mundo.

Cada quilate de alexandrita pode custar até 70 mil dólares (mais de R$ 370 mil na cotação atual), segundo o catálogo da joalheria Astteria, uma das mais exclusivas do mundo.

A pedra é mais cara do que alguns diamantes, e não é de hoje: um ranking da revista Forbes em 2015 já incluía a alexandrita entre as pedras mais preciosas do mercado. O topo da lista é do diamante azul, a 4 milhões de dólares o quilate. Pedras deste tipo são precificadas com base em dois fatores principais: a beleza e a raridade da gema.

A alexandrita foi usada como argumento para convencer Scarpa a investir. O dono da empresa Xland Holding Ltda, acusada de aplicar o golpe, disse ter uma reserva de R$ 2,1 bilhões em pedras preciosas, além de terrenos que também serviriam de garantia.

O que é a alexandrita?

A pedra foi descoberta em 1830 nos Montes Urais, na Rússia, e nomeada em homenagem ao Czar Alexandre II. Os russos têm a maior reserva conhecida de alexandrita, que, no Brasil, é encontrada na cidade de Antônio Dias-MG. A versão sintética é bastante popular, mas a natural é que vale uma fortuna.

A pedra muda de cor a depender da luz. O Serviço Geológico do Brasil explica que a alexandrita fica verde sob o sol, semelhante a uma esmeralda, mas no escuro ganha tons avermelhados. É uma variedade do mineral crisoberilo, popularmente conhecida como "olho de gato" quando lapidada em forma arredondada.

Quem gosta de cristais acredita que a pedra afasta energias negativas, traz força e coragem para renovação e regeneração e aumenta a autoestima e o equilíbrio emocional.

O que aconteceu

  • Mayke e Gustavo Scarpa acusam três empresas de terem aplicado um golpe milionário neles. São elas: Xland, WLJC Consultoria e Soluções Tecnologia Eireli.
  • Os dois dizem que confiaram em Willian Bigode, atacante ex-Palmeiras que é sócio da WLJC e teria intermediado o investimento. Bigode hoje joga no Fluminense, mas foi companheiro de ambos no Palmeiras e indicou a Xland para a empreitada.
  • Eles afirmam que não receberam as quantias após o vencimento dos prazos e acionaram a Justiça.
  • O goleiro Weverton também perdeu dinheiro na empreitada, segundo noticiou o Fantástico no último domingo (12).

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