Ex-amigos, empresa falida e mais: quem é quem no golpe em Scarpa
Antes companheiros de Palmeiras, Gustavo Scarpa e Mayke saíram das manchetes esportivas para as policiais depois que disseram ter sofrido um golpe ao investir em uma empresa recomendada por um ex-parceiro de elenco, o atacante Willian Bigode.
Confiando no colega, a dupla investiu quase R$ 11 milhões em uma aplicação de criptomoedas feita pela empresa Xland Holding, que teria sido indicada pela consultora de planejamento financeiro WLJC, que tem Bigode, hoje no Fluminense, como um dos sócios. Saiba quem é quem no caso:
Denunciante 1: Gustavo Scarpa
O meio-campista, que hoje está no Nottingham Forest, da Inglaterra, jogou no Palmeiras até o final de 2022. Famoso por seu lado intelectual — apaixonado por cubos mágicos e livros clássicos — ele acabou virando destaque nas notícias sobre o suposto golpe.
Scarpa colocou R$ 6,3 milhões no esquema, sob a promessa de lucrar 3,5 a 5% ao mês, ainda em 2020. Ele perdeu praticamente todo o valor.
Denunciante 2: Mayke
O lateral-direito ainda joga no Palmeiras. Ele investiu R$ 4,1 milhões, também na empresa Xland. O jogador, também lesado pelo suposto esquema de criptomoedas, expôs conversas cobrando Bigode pelo prejuízo.
Willian 'Bigode' e WLJC
Willian Bigode deixou o Palmeiras no final de 2021. Durante sua passagem pelo clube, recomendou aos colegas que investissem no negócio de criptomoedas da Xland. Ele faz parte da WLJC, que faz consultoria e gestão de investimentos.
Em uma busca pelo CNPJ da empresa, o atacante aparece como sócio-administrador. Também constam como sócias Loisy Marla Coelho Pires de Siqueira, esposa de Bigode, e Camila Moreira de Biasi Fava. Ao comentar o caso, o atleta e a WLJC afirmaram que também foram vítimas da Xland, perdendo R$ 17,5 milhões em investimentos.
Empresa suspeita 2: Xland
A Xland funciona como uma estrutura que administra e controla as ações de outras empresas, sediada no Acre. Jean do Carmo Ribeiro e Gabriel de Souza Nascimento são seus dois sócios-administradores. Eles também afirmam que Willian não tem culpa pelas perdas dos investimentos.
Procurada pelo UOL Economia, a companhia disse que os "incidentes" pelos quais vem passando são consequência de um problema com a FTX, uma corretora de criptomoedas com sede nos Estados Unidos e que faliu no ano passado.
Todos os recursos da empresa estão congelados em um processo judicial de recuperação da FTX que se desenrola nos EUA. Em seu site, a empresa nega ser uma instituição financeira. Ela diz que é uma exchange de criptoativos, ou seja, apenas compra e vende criptomoedas.
Empresa suspeita 3: Soluções Tecnologia Eireli
A empresa teria sido a responsável por transformar os reais investidos em criptomoedas, segundo ação aberta por Gustavo Scarpa.
Em seu CNPJ, a Soluções Tecnologia Eireli diz que presta "atividades de intermediação e agenciamento de serviços e negócios em geral, exceto imobiliários". A empresa ainda oferece suporte técnico e outros serviços em tecnologia da informação, bem como tratamento de dados na internet.
Ela foi aberta em 2018, tem sede em São Paulo e um único dono: Jucimar Gomes.
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