Ex-Inter ajuda jogadores a investir e dá dicas após golpe em Scarpa
O envolvimento de jogadores de futebol no mercado financeiro virou assunto delicado após o suposto golpe sofrido por Gustavo Scarpa e Mayke, mas não precisa ser assim, diz um boleiro especialista. O meia Andrigo, de 28 anos, ex-Internacional, fez cursos sobre o assunto e abriu uma empresa para ajudar outros atletas a investir.
Ele atende cerca de 20 outros jogadores, principalmente brasileiros. A maioria tende a ter um perfil mais moderado, e "alguns ainda com receio de investir", segundo Andrigo. A empresa dele, a Tatic, não é uma gestora de investimentos como a Xland, acusada de sumir com o dinheiro de jogadores. Em vez disso, dá assessoria financeira e patrimonial para evitar más decisões no assunto.
O jogador comenta o caso envolvendo Scarpa e Mayke e diz que qualquer promessa de rentabilidade, como a que foi feita à dupla, "precisa ser analisada com muita cautela". É preciso uma boa classificação de risco e há alguns fatores de confiança, explica.
"Fora isso, tem sempre que desconfiar. Os 5% ao mês [prometidos a Scarpa] são uma rentabilidade muito acima da média", diz Andrigo. Ele ainda alerta sobre os riscos envolvendo as criptomoedas, que estão na base do escândalo envolvendo Mayke, Scarpa e Willian.
Criptomoedas são ativos altamente voláteis. Não dá para mensurar de forma clara os riscos que movimentam os preços diariamente. Hoje tenho uma parcela mínima do portfólio para isso. Nossos clientes não costumam investir nessa classe de ativo." Andrigo, estudioso das finanças e jogador do FC Anyang, da Coreia do Sul
Promessa no Inter, empreendedor na pandemia
Andrigo foi uma das principais promessas da base do Inter na década passada. Desde cedo sondado por clubes gigantes, como Manchester United e Barcelona, fez bons contratos com o clube gaúcho e viveu o crescimento meteórico de patrimônio tão comum a jogadores promissores.
Ele cursou faculdade de economia, fez cursos de contabilidade e análise de balanços, entre outros. Mais seguro no assunto, fundou uma empresa durante a pandemia para aconselhar outros jogadores sobre investimentos.
A rotina exige conciliar futebol e finanças, estudar na concentração e usar o tempo livre para mais cursos. Andrigo joga na Coreia do Sul, por isso tem a ajuda de três sócios que ficam no Brasil para dar o suporte aos clientes daqui. Ele aconselha que todo jogador procure profissionais para a gestão financeira.
Os jogadores ficam focados no campo, então é muito importante buscar um apoio profissional para conhecer seu perfil de investidor, avaliar bem e entender os riscos por trás de cada investimento." Andrigo Araujo
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