Conselhão de Lula: O que é o grupo do qual Leila Pereira agora faz parte
A empresária Leila Pereira, que comanda o Palmeiras, aceitou convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) hoje e passou a integrar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), também conhecido como "Conselhão".
O que é o "Conselhão"?
O grupo serve para dar sugestões ao presidente da República e é composto por representantes de vários segmentos da sociedade civil, incluindo economia, educação, inovação, saúde, entre outros. Estes conselheiros prestam assessoria direta a Lula em todas as áreas de atuação do Governo, e esta é a principal diferença para outros conselhos, focados em uma área específica.
O Conselhão foi criado por Lula em 2003, depois extinto por Jair Bolsonaro. O grupo foi recriado neste ano sob promessa de forte presença de mulheres, que compõem cerca de 40% dos até 200 integrantes que se reunirão pela primeira vez na semana que vem. O colegiado é presidido pelo próprio Lula e tem como secretário-geral o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Leila Pereira foi uma apoiadora não tão discreta de Bolsonaro. Ela publicou foto com o ex-presidente ainda em 2018, depois desejou "muito sucesso" na presidência. Nos últimos anos, o recebeu mais três vezes em seu camarote no Allianz Parque, a última delas às vésperas do segundo turno da eleição presidencial do ano passado. Além de dirigente, Leila Pereira é dona da Crefisa e da rede de faculdades FAM.
Como funciona o Conselhão
O grupo se reúne em Brasília para debater caminhos de políticas públicas. As sugestões são oferecidas e analisadas pelo Governo, que pode ou não implementá-las. De 2016 até a extinção do grupo por Bolsonaro, quinze recomendações haviam sido acatadas pelo presidente em exercício.
Os conselheiros não são remunerados, nem podem indicar substitutos caso faltem às reuniões. Os integrantes são convidados por Lula e podem aceitar ou se negar a participar.
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