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Fla: conselheiro fica inelegível após insinuar que dirigente estava bêbado

Alexandre Araújo e Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP)

21/03/2023 12h00

Marco Aurélio Assef foi punido pelo Conselho Deliberativo do Flamengo e não poderá participar da eleição de 2024.

Na reunião foi mantida a pena de suspensão de 120 dias, além de inelegibilidade e perda do direito ao voto no próximo pleito. O placar foi de 143 contra 97. O encontro foi na noite de ontem (20).

O que aconteceu?

A condenação se dá porque Marco Aurélio Assef fez insinuações contra Antônio Alcides, presidente do Conselho Deliberativo, antes de sessão que julgaria anulação do título de Grande Benemérito de Kleber Leite, ex-presidente do Flamengo.

Assef, que estava na defesa do ex-mandatário, divulgou registros de Alcides em um bar na Zona Sul do Rio de Janeiro, que teriam sido feitos horas antes da reunião. Posteriormente, escreveu que se tratava de um "ébriomerito", fazendo uma junção entre as palavras "ébrio", que significa bêbado, e "benemérito".

Segundo colocado em eleição

Em 2021, Marco Aurélio encabeçou a Chapa Azul e teve 284 votos, ficando na segunda colocação.

Reeleito, Landim, da Chapa Roxa, teve 1.301. Walter Monteiro, da Chapa Ouro, teve 283, enquanto Ricardo Hinrichsen, da Chapa Branca, 134.

Marco Aurélio Assef foi candidato à presidência do Flamengo em 2021 - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

Procurado pelo UOL, Marco Aurélio lembrou a longa relação dele e da família com o Rubro-Negro -- ele é filho de Michel Assef e irmão de Michel Assef Filho.

"Por mais de 10 anos, servi o Flamengo como advogado voluntário nos Tribunais de Justiça Desportiva. Nunca me servi do Flamengo para abrir empresa no paraíso Fiscal de Nevada usando o nome do clube e de dois vice-presidentes. Nunca respondi processo por gestão fraudulenta. Nunca fui citado em delação premiada sobre a Petrobras. Sigo com orgulho o trabalho que minha família realiza no Flamengo desde 1976", disse.

A punição gerou críticas de membros de grupos políticos de oposição, que veem como uma movimentação política da atual gestão.