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Raphael Veiga festeja trio do Palmeiras na seleção e sonha jogar na Europa

Do UOL, em Tânger (MAR)

21/03/2023 17h06

O meia Raphael Veiga festejou o fato de estar na seleção brasileira ao lado de Weverton e Rony, seus companheiros de Palmeiras. Mas o jogador admitiu o sonho atuar na Europa. Hoje (21), ele deu a primeira coletiva desde que se apresentou para o amistoso no sábado, às 19h (de Brasília), contra o Marrocos.

"É um objetivo [jogar na Europa]. Estou cada vez mais preparado para isso. Lógico que as coisas acontecem no tempo que têm que acontecer. Mas é um sonho meu, sim. Quem sabe num futuro próximo as coisas não aconteçam", disse Veiga, que apontou quais países são os preferidos:

"É difícil cravar um país. Alguns países enchem os olhos, como Inglaterra e Espanha. São lugares que eu gosto de ver, o futebol que mais acompanho. Ficaria com esses dois países".

Tite não te convocou. Estava olhando para o Palmeiras? "Eu acho que olhar, sempre estavam olhando. Mas aí é questão de opinião, de escolhas, e a gente tem que respeitar. Foi isso que aconteceu. Não tem como a gente, no Brasil, estar ganhando um monte de título e não olharem. Mas era isso, opinião e escolhas".

Ansiedade pela chance? "Eu tinha uma convicção de que em algum momento essa oportunidade iria aparecer, eu tinha expectativa, mas as coisas aconteceram no momento que tinha que acontecer. Estou muito feliz".

O quanto não estar na seleção te incomodava? "Eu também faço trabalho psicológico, a gente tem que gastar a energia com o que a gente controla. O que eu controlava na época era o que fazia no Palmeiras. Lógico que tinha uma expectativa, mas não era isso [seleção] que movia o meu dia a dia. Eu trabalhava todos os dias pensando no que poderia melhorar no Palmeiras. Mas as coisas aconteceram agora, estou muito feliz, espero aproveitar essa oportunidade".

Outras respostas de Raphael Veiga

E se Abel Ferreira viesse para a seleção?

"A brincadeira no Palmeiras já existiu, o pessoal comentando, brincando com ele. Mas ele sempre achou muito clara a permanência dele no Palmeiras. A questão do técnico que vai vir eu não sei, não cabe a nós. Eu posso falar que o Abel é um grande técnico".

"O Abel, para mim, já falei em outras entrevistas, foi o melhor técnico que eu tive, o que mais me passou informações. Os títulos que a gente ganhou fizeram com que eu crescesse muito. Ele é muito didático, o dia a dia no treinamento é muito bom. Se ele viesse para a seleção, iria ganhar nesses feedbacks. Ele é um cara incrível, muito diferente do que alguns da imprensa imaginam".

Como mostrar trabalho na seleção

Desde o momento que você veste a camisa, tem uma responsabilidade. O compromisso de cada um é dar o melhor, independentemente de quantos treinos, quantos minutos for jogar. Isso faz com que a gente cresça e as pessoas reconheçam o nosso trabalho.

A realidade na seleção

Tá muito melhor que imaginava. Todo mundo que sonha jogar futebol, principalmente no Brasil, sonha vir para a seleção brasileira. Comigo, não foi diferente. Quando você joga no Brasil, seu time começa a ganhar títulos, fica em evidência, é normal que se crie uma expectativa de chegar à seleção, foi o que aconteceu comigo. Eu tive o pé no chão, trabalhei para que a oportunidade chegasse. Mas não vivia em função dela. Sempre deixei claro que o futebol faz parte da minha vida, não é minha vida inteira. Não posso parar tudo o que vou fazer por causa do futebol, mesmo eu dedicando a maior parte do meu tempo a esse esporte que tanto amo.

Diferença de atuar com jogadores que estão na Europa

Abel fala que se pegar o GPS nosso no Brasil dá parecido com o da europa, mas tem algumas questões que ajudam muito o futebol europeu. Primeiro, o gramado. Eles têm um padrão, a bola fica mais rápido e o jogo fica mais rápido. No Brasil, não é assim. Joga em um estado, é de um jeito. No outro, é de outro jeito. No Brasil, tem uma mudança de clima de um lugar para o outro. A terceira situação é a quantidade de jogos que tem no Brasil, em um curto período de tempo. É impossível jogar quarta e domingo durante o ano inteiro e manter o nível igual ao futebol europeu. então, tem essa diferença.

Seleção com palmeirenses

É uma realização de um sonho. Sei que a primeira convocação é um passo muito grande. O permanecer é mais difícil, vou me esforçar por isso. Weverton já estava vindo há algum tempo, sempre fiquei feliz por ele. Mas fico muito feliz pelo Rony, porque sei da história dele. A gente teve oportunidade de jogar junto no Athletico e agora no Palmeiras. Eu sei de tudo o que ele passou para estar aqui. Vê-lo aqui vestindo essa camisa, para mim, é motivo de muito orgulho. Sei o que ele passou antes de chegar ao Palmeiras. Fico muito feliz.

Rival de Yuri Alberto?

Hoje no café da manhã a gente estava comentando sobre o Paulista. Das questões que aconteceram. Ele fala do lado de lá, eu falo do lado de cá. Tem algumas brincadeiras. Quando chega aqui, todo mundo defende das mesmas cores, espero dar passe para ele, porque quem ganha é a seleção brasileira.