Casemiro diz o que os jogadores querem do novo técnico da seleção
Casemiro, capitão da seleção brasileira no amistoso contra o Marrocos, contou o que os jogadores esperam do novo técnico da seleção. O volante elogiou Carlo Ancelotti, um dos cotados, mas disse que trata o interino Ramon Menezes como se fosse treinador de Copa do Mundo.
"O que nós jogadores gostaríamos de ver é um treinador capacitado, com experiência para lidar com grandes jogadores. Temos 30, 40, 50 jogadores de nível excepcional, conseguimos três ou quatro seleções para competir com qualquer outra", disse Casemiro, que acrescentou:
"Se tratando de Ancelotti, eu conheço, conheço muito bem e é um amigo que tenho, um admirador que tenho no futebol, foi um prazer trabalhar com ele, e tem outro lado. Ancelotti tem um clube, o Real Madrid, e temos que respeitar clube e Ancelotti. Temos um treinador também, não é efetivo, mas o Ramon estará aqui para fazer o jogo e na vida há oportunidades. Se faz um grande trabalho, se o presidente não vê os nomes aceitarem, Ramon está aí. Eu respeito e trato o Ramon como se ele fosse treinador de Copa do Mundo. Eu e todos os jogadores respeitamos à altura, é o nosso treinador hoje. Mas o Ancelotti ganhou tudo na carreira, com muita experiência e, sem dúvida, se fosse ele, do nosso lado? Sabemos como vocês, são nomes especulados. Ancelotti é um grande treinador".
Legado de Tite. "Eu diria que tive experiência do Tite e ele deixou legado muito grande. O maior foi de viver intensamente isso, ele vivia 24 horas isso. Ele e a comissão iam para a Europa ver jogadores, ia nos clubes, lado sentimental e humano além do jogador. Se fosse um trabalho bem próximo, que seja o do Tite. Futebol quando perde está tudo errado e vice-versa, mas no meu ponto de vista a vida é equilíbrio. Tite fez trabalho excepcional no lado humano, não passava 10 dias aqui e esquecia. Vivia intensamente o futebol brasileiro, a CBF. Há coisas boas e ruins, mas foi um treinador que viveu intensamente. Está no meu top-3 do mundo".
Outras respostas de Casemiro
Novo ciclo
"Temos vários jovens pela primeira vez, desfrutando muito. Mas aqui é seleção brasileira, independentemente da dificuldade do jogo. A filosofia do novo treinador em cinco dias é quase impossível implantar, são cinco dias para trabalhar. Mas amanhã e até mesmo no dia a dia é uma seleção brasileira. Amanhã não entra o sub-20, sub-18, sub-10, amanhã entra a seleção brasileira e a exigência para vencer é a maior possível".
Liderança
"Claro que são jogadores que querem permanecer, mas foi como eu falei, isso aqui é seleção brasileira. Eles têm desejo, o jovem tem vontade, mas eu garanto que eu tenho a mesma vontade, mesmo sendo um dos mais experientes. Sempre foi e é o meu sonho, sempre é meu desejo a cada convocatória. Aqui não é sub-20 ou interino, amanhã é seleção brasileira. Será um jogo difícil, foram quarto colocados numa Copa, mas vamos jogar como seleção brasileira".
Capitão fixo e faixa dividida
"Existem várias formas de pensar. Tivemos o Thiago Silva fixo na Copa, mas do meu lado, eu me sinto preparado, me preparei para isso e agradeço à confiança da comissão. Se é outro capitão, problema nenhum porque sei que sou um dos líderes e tenho total liberdade para falar como capitão perante ao grupo. O Tite tinha uma filosofia, temos que respeitar, mas independentemente da faixa, os líderes em campo, os mais experientes, todos têm privilégio e momento certo de falar com os outros ou com árbitro. Respeito em campo se conquista".
Vini Jr e racismo
"Racismo, independentemente do Vini ou meu clube, mostra o caráter da pessoa, ainda mais no mundo, no século que estamos. Se toca sempre nessa tecla. É uma ação muito grave, sempre falamos e continuam fazendo. Precisa ter punição gravíssima. É educação, vem de berço, é essência, mas são pessoas próximas, de clube que já atuei. Eu fico triste e peço, como amigo e jogador, que a Liga? Acontece lá e em vários lugares. Peço que a Liga tome atitude, não é legal para a pessoa do Vini, para a liga, para o futebol. Vivemos em um mundo com pessoas más, é o caráter de cada um".
Voltar à seleção após a Copa
"Falando da derrota, sem dúvida foi a derrota que mais machucou. Derrota que não pode digerir muito, eu tinha que atuar uma semana depois. Ficar falando, repensando, não é do meu caráter. A gente imagina mil possibilidades, mas é futebol, vida, tomada de decisão do momento. Eu não fico remoendo, existem milhões de possibilidades, acordar mais cedo ou mais tarde? Não fico repensando o que fiz e vivo o presente. O presente é esse, bom trabalho hoje e amanhã um grande jogo. Machuca, dói, a derrota que mais doeu, porém, sem dúvida penso no próximo".
Marrocos
"Fizeram uma grande Copa do Mundo, ficaram em quarto e à nossa frente. Sem dúvida sabemos que vai ser um grande jogo amanhã, uma seleção que volta ao seu país, todos os ingressos vendidos. Vai ser um jogo de muito respeito, muita dificuldade e, sem dúvida, o trabalho é muito bom, de grandes jogadores que jogam contra nós nossos clubes".
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