Mauro Cezar: Landim e sua trupe se equiparam a Eurico Miranda com censura
O UOL Esporte foi barrado pela diretoria do Flamengo de entrar no CT do Ninho do Urubu na quinta-feira (23) e nesta sexta-feira (24). A ação do clube acontece após a publicação da matéria em que o engenheiro eletricista José Bezerra diz ter visto o CEO Reinaldo Belotti ordenar a retirada de partes de uma instalação elétrica problemática. A medida alteraria a cena do incêndio no Ninho enquanto a perícia ainda acontecia.
Na edição desta sexta-feira (24) do Posse de Bola, programa produzido pelo UOL Esporte, Mauro Cezar Pereira comparou Rodolfo Landim e seus comandados a Eurico Miranda, ex-presidente do Vasco.
"Já houve época que a ESPN não tinha possibilidade de fazer entrevistas exclusivas com jogadores do Flamengo. O motivo pelo qual não se conseguia isso eram os comentários de um jornalista que eles não gostavam. Isso já é o modus operandi do Flamengo há algum tempo. Agora, de modo mais escrachado e mais bizarro. Se o UOL publica a matéria e o Flamengo contesta, que o faça onde tem que fazer isso, seja na Justiça ou onde for", começou dizendo Mauro Cezar.
"Cercear o trabalho do jornalista que vai lá cobrir o dia a dia é bizarro. É a mesma coisas que o Eurico Miranda fazia com a ESPN e o Lance! na época. Rodolfo Landim e sua trupe se equiparam ao Eurico Miranda. O Eurico era mais claro na forma como se comunicava, era mais barulhento. O grande perigo para o Flamengo é viver com o Landim o que o São Paulo viveu com o Juvenal. Estica mandato, fica mais tempo e acaba subindo uma soberba grande", completou o jornalista.
Gestão do Flamengo
"No Flamengo, o que me preocupa mais hoje é a questão de uma eventual SAF. Como você vai pegar um clube que fatura R$ 1 bilhão por ano e cogitar a ideia de passar o controle para um dono? (...) Em algumas situações a gente entende que o clube caminhe para isso, até porque o caminho da insolvência parece inevitável. O Flamengo é um caso diverso, roeu esse osso, se reestruturou e é extremamente lucrativo. Tem uma gestão que nessa parte financeira dá aula, mas pega na parte humana, tem a questão da morte dos garotos do Ninho, indenizações, diretora de responsabilidade social fazendo comentários xenofóbicos e tudo isso passa batido", disse Dudu Monsanto.
Atraso de direitos de imagem no São Paulo
"Simplesmente você não pagar os salários em dia ou os direitos de imagem, que são parte da remuneração do atletas e dos funcionários do clube e aí você apresenta o resultado financeiro... Mesmo que esse atraso seja um montante até não muito grande dentro do contexto da dívida ou da redução eventual, fica tudo comprometido. Tem que pagar em dia, é o mínimo", disse Mauro Cezar.
Leila no Palmeiras
"Até que ponto a Leila vai querer brincar de futebol? Eu tive a oportunidade de entrevistar ela, foi uma figura simpática, mas, analisando, o que traz a Leila para o futebol? O que ela precisa? Ela pode pegar o jatinho e ir ver espetáculos em Nova York quando ela quiser, tem a vida resolvida. O que faltava na vida da Leila? Era a fama, era ser parada na rua para tirar selfie. Agora, aos pouquinhos, quando ela deixou de ser a mecenas para ser cobrada... Ela acostumou mal a turma. Está começando a provar o lado mais amargo, isso porque o Palmeiras está na crista", afirmou Dudu Monsanto.
Renovação da seleção
"Estou muito curioso em ver esse time novo, estou com uma expectativa que eu não teria se fosse o time que acabou a Copa do Mundo. Não teria nenhuma vontade de ver. Como é um time renovado, eu tenho vontade de ver (...) Quanto mais caras novas, melhor. Pode ser um marco interessante de renovação no futebol brasileiro. A melhor notícia é a ausência do Neymar", disse Juca Kfouri.
Fim da Central do Apito
"A Central do Apito foi uma criação, no mínimo, discutível. Isso tem uma sequela na forma de ver o futebol muito grande. Eu debati com o Arnaldo [Cezar Coelho] e eu falei que quando ele bancou e instituiu o tira-teima, que era uma espécie de VAR naquela época, aquilo foi muito ruim para quem assiste futebol porque era como se as pessoas passassem a duvidar de qualquer marcação do auxiliar, que tem uma fração de segundo para determinar se o nariz de um jogador está na frente do outro", afirmou Arnaldo Ribeiro.
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