Braz se esquiva sobre boicote do Flamengo ao UOL: 'Não irei falar'
O vice de futebol do Flamengo, Marcos Braz, esteve presente no sorteio da Copa do Brasil, na CBF, e não quis falar sobre o boicote do clube ao UOL.
O que aconteceu?
- O Flamengo barrou o UOL em treinos recentes que foram abertos à imprensa.
- O dirigente informou aos jornalistas presentes na CBF que se limitaria a falar somente sobre o sorteio da Copa do Brasil.
- A reportagem do UOL abordou a situação da barração da empresa nos treinos do Flamengo, mas o dirigente não quis falar sobre.
Não vou falar. Este assunto não é da minha alçada Marcos Braz
- Marcos Braz deixou a sede da CBF após responder as perguntas sobre o sorteio.
Lembre o caso
A ação do clube de impedir o UOL de ter acesso ao Ninho aconteceu após a publicação da matéria em que o engenheiro eletricista José Bezerra diz ter visto o CEO Reinaldo Belotti ordenar a retirada de partes de uma instalação elétrica problemática. O movimento alteraria a cena do incêndio no Ninho enquanto a perícia ainda acontecia.
O clube foi procurado à época e as respostas foram publicadas pelo UOL.
O Flamengo liberou a presença da imprensa na parte inicial dos treinos e só o UOL foi barrado. O clube vem abrindo as atividades desde o fim da última semana.
O UOL procurou o Flamengo após ser barrado e aguarda diretamente um posicionamento oficial sobre os motivos de o veículo ter sido impedido de entrar. O clube se manifestou apenas por nota em seu site.
Entidades reagiram
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo enviou um ofício a Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, com questionamentos sobre o fato.
A Associação de Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro também se manifestou e afirmou que a atitude da gestão "não se coaduna com a história democrática do clube mais popular do país, além de ferir a liberdade de expressão, direito garantido pela Constituição brasileira".
A Associação Brasileira de Imprensa citou que sempre "se posicionou firmemente a favor da democracia e contra qualquer cerceamento à liberdade de expressão e ao exercício da função jornalística".
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro e a Federação Nacional dos Jornalistas apontaram que "a atitude dos dirigentes do clube não só desrespeita a liberdade de imprensa como ataca o jornalista em seu exercício profissional e seu compromisso com a informação bem apurada".
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro salientou que a atitude do Flamengo "agride, desrespeita e fere os princípios básicos e constitucionais da liberdade de Imprensa".
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