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Robinho entrega passaporte e indica que ficará no Brasil até decisão do STJ

Robinho foi condenado a nove anos de prisão por estupro cometido na Itália em 2013 - Pedro Vilela/Getty Images
Robinho foi condenado a nove anos de prisão por estupro cometido na Itália em 2013 Imagem: Pedro Vilela/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

29/03/2023 19h05Atualizada em 29/03/2023 20h06

Robinho entregou seu passaporte à Justiça, em sinal de que não deixará o país até que o STJ decida se ele deve ou não ser preso.

O que aconteceu

  • José Eduardo Alckmin, advogado de Robinho, informou que entregou o documento de viagem do ex-jogador na tarde de hoje (29) em Brasília. O ministro Francisco Falcão havia determinado a medida na semana passada, mas o advogado disse que Robinho já queria entregar seu passaporte de maneira voluntária.
  • A entrega do passaporte é uma garantia de que Robinho não deixará o país até o STJ decidir se ele deve ou não ser preso. A medida é comum em casos no quais há risco de que o réu deixe o Brasil e fique longe dos efeitos da lei.

O que acontece agora

  • O relator do caso analisará os argumentos contra e a favor da prisão do ex-jogador. Ainda não há data para o julgamento e até lá Robinho tem liberdade para circular pelo país. Condenado a nove anos de prisão por estupro na Itália, ele vive no litoral de São Paulo.

STJ deu vitória a associação que defende liberdade de Robinho

  • Hoje, mais cedo, o STJ permitiu que a Anacrim (Associação Nacional da Advocacia Criminal) faça parte do processo que pode levar Robinho à prisão. A associação defende a liberdade do ex-jogador.
  • A Anacrim pediu, e o STJ a aceitou como "amicus curiae" na ação. Um "amicus curiae" (amigo da corte) pode participar do processo, apresentar documentos e argumentar oralmente no julgamento.
  • Segundo o STJ, a Anacrim foi aceita para garantir a "paridade de armas" na ação. Antes, o ministro Falcão já tinha permitido a participação da União Brasileira de Mulheres, uma entidade a favor da prisão de Robinho. A possibilidade de um brasileiro cumprir pena dada por outro país é controversa e opõe juristas.