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Os segredos do Água Santa para superar grandes e chegar à final do Paulista

Arquibancada da Arena Inamar, estádio da Água Santa - André Martins/UOL
Arquibancada da Arena Inamar, estádio da Água Santa Imagem: André Martins/UOL

Gabriela Brino

Colaboração para o UOL, em Santos (SP)

31/03/2023 04h00

O Água Santa disputará a final do Campeonato Paulista contra o Palmeiras, no domingo, na Arena Barueri. Mas quais foram os segredos para deixar os clubes grandes para trás?

Em entrevista ao UOL, o executivo de futebol Julio Rondinelli conta o planejamento traçado para que conseguissem esse feito.

Escolha pelo treinador

"O critério para a escolha do Carpini foi a experiência e resultados em equipes do nosso tamanho, como no Guarani, Internacional de Limeira e Santo André. Eu trabalhei lá [no Santo André] e sei como é. É do nosso tamanho, tem recursos limitados e tem que ter capacidade para ser criativo e montar um bom elenco. Trouxemos o Carpini com muita convicção".

Montagem de elenco

"Ainda em 2022, para o Paulista, nós montamos uma equipe muito enxuta. A folha de pagamento era R$ 75 mil. Usamos a Copa Paulista para fazer uma base de jogadores, para que em 2023 nosso orçamento fosse melhor aproveitado e equilibrado. Colhemos frutos e hoje temos seis jogadores no nosso elenco principal, como o Kady, Gabriel Inocencio, Patrick Allan, Ramon, Xavier e Anderson. Esses são os jogadores que deixaram nossa folha equilibrada".

Consulta

"Antes de formar opinião a gente observa muito os jogadores que nos interessam. Buscamos informações com dois ou três clubes anteriores que o jogador passou, parte clínica, física, comportamento, assiduidade, profissionalismo e capacidade".

Mercado

"Na época, oito atletas retornaram de empréstimo e fomos ao mercado para contratar 11 jogadores. Estes 11, todos com muito critério. Estavam em atividade, alguns já haviam trabalhado com o Carpini e entenderam que o projeto seria vitorioso. Então eles conhecendo o treinador, sabendo da estrutura, nos conhecendo, sabendo da pontualidade e honestidade aos compromissos assumidos, acreditaram na ideia".

Monitoramento

"Eu penso que quando se traça e tem orçamento e monitoramento permanente do Campeonato Brasileiro da série A, B, C, não tem o que dar errado. A gente, durante o ano, vai monitorando e entrando em contato com os representantes, clubes e atletas. Estabelecemos prioridades, ofertamos e somos rápidos. Procuramos ter velocidade, convicções embasadas no perfil do atleta, atletas que se adaptem ao estilo do treinador, tudo isso a gente leva em consideração antes de fazer as escolhas".

Estratégia conjunta

"É surpreendente chegar na final? É. O que fizemos a mais? Trabalhamos muito. A verdade prevalece nos vestiários, discursos e trocas de informação. Somos objetivos e práticos. Ao mesmo tempo mostrando que o Água Santa é uma plataforma segura. Um clube pequeno, mas muito profissional e que os atletas pudessem aproveitar desse momento para se lançarem ao mercado, buscarem melhores contratos, por exemplo".