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Prateleira alta e momento histórico: Carpini vive euforia com o Água Santa

Thiago Carpini, técnico do Água Santa, em jogo pelo Campeonato Paulista - JEFFERSON AGUIAR/PERA PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Thiago Carpini, técnico do Água Santa, em jogo pelo Campeonato Paulista Imagem: JEFFERSON AGUIAR/PERA PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Gabriela Brino

Colaboração para UOL, em Santos (SP)

02/04/2023 04h00

O Água Santa fará final com o Palmeiras hoje, às 16h (de Brasília), após ficar entre as cinco melhores campanhas do Campeonato Paulista. Para o técnico Tiago Carpini, isso é um marco histórico para sua carreira.

Ao UOL, o comandante explica que a união entre elenco e comissão técnica foi fundamental para o trabalho.

É fato e evidente que essa campanha te coloca em uma vitrine e holofotes. As coisas surgem a todo momento. Acho que se muda de prateleira. Não só essa final, que está sendo histórica na minha carreira, mas a campanha no Santo André com um time mediano e conseguindo a classificação. Vem uma construção de bons trabalhos, ideias de jogos e conceitos e, agora, acho que é o ápice disso com a final com o Água Santa."
TIAGO CARPINI, TÉCNICO DO ÁGUA SANTA

Além do que sonhamos

"O comprometimento dos atletas [determinou a final]. A compra de ideia que tivemos desde o início da montagem, pré-temporada e características dos atletas que fomos buscar no mercado. Alguns atletas que já trabalharam comigo e a aceitação deles com o trabalho. Temos limitações de estrutura no Água Santa, isso contribui para a dificuldade. Foi um elenco que não teve vaidade, teve compromisso e muita convicção".

"Nunca se teve dúvida do trabalho, não imaginávamos ir para a final, mas [imaginávamos] sim uma campanha sólida e segura, dentro de um grupo difícil com times de série B, como Guarani e Mirassol, com maior poder financeiro e estrutura, sem contar o São Paulo. Imaginávamos uma campanha sólida, mas foi muito além do que sonhávamos".

Eliminando o São Paulo

"A partir do momento que fomos para as disputas dos pênaltis [contra o São Paulo], é equilíbrio e frieza. Claro que todo atleta tem sua bola de segurança, se não tiver com a confiança lá em cima, faz a bola de segurança. Mas treinamos muito, muito, em todo esse período de mata, semi e agora nas finais. Todos os dias fazendo pênaltis, repetição e pênaltis, repetição. Claro que tem o fator emocional, equilíbrio mental, por mais que se treine. Então falei para os atletas: 'chegamos até esse momento por mérito, o pênalti agora é ter equilíbrio, tranquilidade e continuar fazendo nosso melhor'. Não ter dúvidas na hora da batida, na cobrança, e faremos história".

História se repete

"Fazer uma final de Paulistão, um campeonato tão difícil, o maior estadual do país, jogos de nível série A e série B em 12 rodadas, não tem como isso não alavancar a carreira de qualquer treinador. Foi assim com Dorival no São Caetano, Diniz no Audax... Treinadores que chegaram à finais com times pequenos, como o Água Santa. Nossa realidade é outra. Uma coisa é fazer final com São Paulo, Corinthians, Red Bull Bragantino, outra é fazer com Água Santa, Audax. Esses treinadores que citei foram projetos vitoriosos. Então tem um peso muito grande e isso te coloca no mercado".

Futuro incerto?

"As procuras aconteceram e acontecem desde a quinta rodada. Mas vou entregar meu projeto até o final, concluir esse ciclo. Tenho uma continuidade de renovação e planos de estudo. Agora, acho que o ápice disso [projeto] é a final com o Água Santa, que sem dúvidas me colocou em uma prateleira mais alta. Alguns degraus acima para a evolução da minha carreira, aprendizado e história".