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Policial que matou torcedor do Flu é transferido para presídio, diz TV

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

03/04/2023 19h55

Marcelo de Lima, policial penal acusado de matar um torcedor do Fluminense, foi transferido para a Cadeia Pública Constantino Cokotós, em Niterói, na tarde de hoje (3). A unidade é Rio, destinada a policiais civis e penais da ativa.

O que aconteceu

Marcelo de Lima teve a prisão preventiva decretada em audiência de custódia realizada na noite de ontem (2).

O agente penitenciário é acusado de matar Thiago Leonel Fernandes da Motta e ferir Bruno Tonini de Moura após disparar tiros contra eles.

O caso aconteceu em um bar próximo ao Maracanã, após o clássico entre Flamengo e Fluminense, pela final do Campeonato Carioca.

A discussão entre os envolvidos teria se iniciado por conta de uma pizza, segundo testemunhas.

A informação sobre a transferência foi publicada, inicialmente, pela TV Globo.

No documento assinado pelo juiz Bruno Rodrigues Pinto, da Central de Audiências de Custódia, ressaltou que Marcelo tentou fugir do local do crime.

"Logo após os disparos, o custodiado teria tentado se evadir do local, sendo em seguida rendido por policiais militares. É de se ressaltar que esse não é o tipo de comportamento esperado por aqueles que agem de acordo com lei, ainda mais no caso em tela, em que o custodiado é um agente de segurança pública, conhecedor das normas, sobretudo as penais", diz trecho do documento.

O juiz salientou ainda a "elevada gravidade concreta do delito" e indicou "personalidade extremamente violenta e desajustada" do policial penal.

"Entendo como necessária a prisão preventiva do custodiado, para garantia da ordem pública, em razão da elevada gravidade concreta do delito, na medida em que ele teria supostamente praticado o delito em um bar, efetuando pelo menos cinco disparos de arma de fogo, ocasionando a morte de uma pessoa e graves lesões em outra, expondo a perigo diversas outros moradores e torcedores que haviam saído, momentos antes, do estádio do Maracanã. Tais circunstâncias revelam a personalidade extremamente violenta e desajustada do custodiado, demonstrando ser um risco à paz social".

Advogado deixou o caso

Angelo Máximo, advogado que representou o policial penal na audiência de custódia, informou que não está mais no caso.

O escritório Angelo Máximo Advocacia Criminal divulgou nota e apontou que "por questões de foro íntimo deixa de representar os interesses do Policial Penal Marcelo de Lima".

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