Diniz elogia Flu 'mentalmente forte' e brinca sobre cambalhota após título
Fernando Diniz, técnico do Fluminense, concedeu entrevista coletiva no dia seguinte à conquista do Campeonato Carioca. O treinador avaliou que o time foi "mentalmente muito forte" e brincou sobre a comemoração com cambalhota em campo: "espontânea".
O que ele falou?
Segundo jogo do Fluminense. "A final envolveu muitos fatores. O fato de ter perdido o primeiro jogo por 2 a 0 fez a gente estudar e trabalhar no limite máximo, e acredito que mentalmente fomos muito fortes. Foi uma vitória justa, com imposição em todas as vertentes possíveis do jogo".
Comemoração: "Sou uma pessoa mais contida, mas como treinador sou espontâneo. Atitude muito livre"
Críticas e elogios após o título. "Temos de saber depurar e não ficar perdido em meio às críticas e elogios. Algumas críticas partem de um ponto que luto contra, do lugar comum. Quando vem o resultado vem elogio, quando vem a derrota, vem crítica".
Veja as aspas na íntegra
Imposição física e tática foram importantes?
Acredito que sim. Não gosto muito de separar essas vertentes, acho que tudo isso tem a ver, e também é mais que isso. A final envolveu muitos fatores. O fato de ter perdido o primeiro jogo por 2 a 0 fez a gente estudar e trabalhar no limite máximo, e acredito que mentalmente [o time] foi muito forte. Foi uma vitória justa, com imposição em todas as vertentes do jogo possíveis.
Críticas e elogios
"Com certeza as críticas construtivas fazem com que a gente evolua, e ela pode vir de qualquer lugar, em casa, amigos, imprensa... Temos de saber depurar e não ficar perdido em meio às críticas e elogios. Aquilo que vem de fora, que pode abastecer, e aquilo que tem de repudiar. Algumas críticas partem de um ponto que luto contra, do lugar comum que vem o resultado vem elogio, vem derrota vem crítica".
Título
"Não vai mudar minha vida e rotina, estou mais feliz. Feliz por mim, torcida do Fluminense, pela minha família. Acho pobre discutir agora que quem perdeu... Os técnicos que perdem nunca são bons e os que ganham são enaltecidos. Espero que o debate melhore neste sentido. Não tenho muita esperança... Desde que jogo, as coisas são assim. Estamos sempre atras de herói e vilão, e na vida somos heróis e vilões em determinados momentos. Mas não podemos ser tão agressivos a ponto de terminar carreiras. Os jogadores não são máquinas. Meu desejo é que a gente mude um pouco um olhar do futebol, analisar trabalho. O resultado é importante desde que seja resultado de um bom trabalho".
Seleção brasileira
"Falei mais de uma vez que minha seleção no momento é o Fluminense. Se um dia isso vier a acontecer, vou saber responder na hora certa".
Marcelo e gol em jogada pela direita
"O modelo [de jogo] permite e o favorece. O Marcelo, pelas características que tem e forma que trata futebol, aqui será bem acolhido, terá espaço para fazer jogadas como aquela. Na carreira, não me lembro de ter feito uma jogada pela direita, mas em pouco tempo percebeu que é possível fazer e fez um gol determinante para o sucesso no jogo de ontem".
Comemoração
"Espontânea (risos). Sou uma pessoa mais contida, mas como treinador sou espontâneo. Fiz o que o coração mandou e não tinha jeito de parar. Atitude muito livre. Há uma conexão especial com a torcida do Fluminense. Tem mais páginas bonitas que vamos escrever".
Assistir ao jogo longe da beira do gramado
"Ontem eu não fiz falta no campo. A preparação foi muito boa. O pessoal que estava lá deu conta, eu não teria como fazer melhor do que eles fizeram. Na preparação, fizemos tudo o que dava para fazer e isso nos deu confiança. Se a gente fosse desenhar um roteiro, não seria do jeito que foi".
Eduardo Barros
"O Eduardo é um jovem treinador e, nesse momento, auxiliar. Já dirigiu base e profissionais em algum momento. É um cara apaixonado pelo futebol. A gente trabalhou junto no Audax. Ele sabe de tudo, sabe do ataque, da defesa. Lá no Audax a gente não tinha scout e nem análise de desempenho, a gente fazia praticamente todas as análises. O Wagner [Bertelli] é meu braço direito e esquerdo. Ele me entende no olhar. São os dois auxiliares que eu trouxe que agregam muito no trabalho. Funciona muito bonito. Tive na Europa em 2018 e a gente consegue botar um nível muito alto nos treinamentos aqui no Fluminense".
O que é o "dinizismo" e qual legado quer deixar?
"Acho que o "dinizismo" é aprofundar mais as discussões para ajudar mais as pessoas. A parte tática, por mais que seja mais visível, não é a parte fundamental. O central do meu trabalho é estabelecer boas relações humanas. Que eles se sintam bem, que possam errar sem ser atacados o tempo todo. Futebol é uma arte, é como pintar, tocar uma música. Tudo que você faz com a mão, a gente faz com o pé. Os mais talentosos quase sempre são os que ficaram mais tempo longe da escola, tiveram menos acesso a questões cognitivas e base".
Jogo contra o Paysandu, pela Copa do Brasil
"Vamos fazer um esforço máximo para ter o pé no chão e fazer o nosso melhor. A gente tem uma característica muito própria, quando a gente corre muito para marcar, fazemos bons jogos. As coisas que eu gostaria do futebol, no começo do ano a gente deu um período maior de férias, isso foi criticado. A gente, entendendo que o futebol é uma coisa mais ampla, deu muito mais trabalho do que trazer eles dia 13, treinar uns dias e mandar eles de volta. Quando a coisa não anda, as pessoas querem enquadrar que é por conta disso. E nunca é isso, era preparação física. E pra mim isso incomoda, porque parece que eu sou uma pessoa folgada. Por mim, eu dou treino todo dia. Seria muito conveniente e justo dizer agora que a preparação física fez certo. Os caras estão correndo pra caramba. Mas a gente fala pouco, porque queria enquadrar o Fluminense que estava fora de forma.
A gente fica caçando uma mudança de realidade para tentar encaixar no que a gente pensa. Hoje, seria justo fazer um grande elogio à preparação física do Fluminense. Será que no futuro não podemos fazer diferente? Dar um período maior de folga porque os jogadores passaram muito tempo sem férias por causa da pandemia. A gente só ia estrear na competição mais importante mais pra frente".
Thiago Santos
"Vocês podem ter opinião, mas precisa ser aprofundada. Falando sobre o Thiago Santos, quem viu mais de cinco jogos dele antes de opinar? Eu conheço ele há nove anos. Acompanho ele há muito tempo. Ele é bom. Já falei, em time grande não tem jogador ruim. Meu filho faz medicina. É muito mais difícil passar no funil pra jogar no Fluminense do que avançar em medicina".
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