Adriano abre o jogo sobre a morte do pai e como impactou sua carreira
Adriano Imperador falou ao Flow Podcast sobre como a morte do pai afetou a sua carreira no futebol.
O que ele disse
Relação com o pai. "Ele sempre gostou de jogar futebol. Foi um cara que me educou pra caramba, que me incentivou para as coisas boas."
Morte precoce. "Não que a minha família não tenha me dado apoio, mas eu precisava ter aquele cara lá, que sempre esteve. E percebi que não estava mais. Ele tinha 44 anos, eu estava com 24."
Ausência no enterro. "Quando ele morreu, não consegui, não estava acreditando. Não tive coragem de ir no enterro. Não sei se isso foi um erro. Quando você tem a imagem da pessoa indo embora, você se conforta mais rápido. Como não tive, talvez por isso eu tenha sofrido depois."
Impacto na carreira. "Quando voltei para a Itália, continuei jogando pra caramba. Artilheiro da Copa das Confederações, artilheiro também no Italiano... E depois bum, do nada. Era uma falta muito grande que eu tinha dele. Naquele momento, logo após que morreu, não senti tanto, a ficha não caiu."
Pausas. "O tempo que fiquei parado, fazendo o que eu queria, foi para voltar a ter tesão de jogar bola. Precisava daquele tempo, o pessoal não acredita nisso. Dinheiro ajuda, mas não compra felicidade, saúde, família."
Carreira interrompida
Adriano recebeu a notícia da morte do pai em 4 de agosto de 2004. O ex-atacante estava vivendo o auge da carreira, na Internazionale.
Nove dias antes, ele havia sido o herói do título da Copa América, nos pênaltis, contra a Argentina.
Adriano ficou abalado após a morte do pai e caiu de rendimento com o passar dos anos. Ele retornou ao futebol brasileiro em 2008, para defender o São Paulo, e depois teve passagens por Flamengo e Corinthians.
Ele chegou a fazer pausas na carreira antes de se afastar de vez do futebol, em 2016, aos 34 anos.
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