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Policial que matou torcedor do Fluminense tem nova mudança na defesa

Policial penal Marcelo de Lima é acusado de matar o torcedor do Fluminense Thiago Leonel Fernandes da Motta - Reprodução
Policial penal Marcelo de Lima é acusado de matar o torcedor do Fluminense Thiago Leonel Fernandes da Motta Imagem: Reprodução

Alexandre Araújo

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

13/04/2023 13h27Atualizada em 13/04/2023 15h43

O policial penal Marcelo de Lima tem uma nova mudança na defesa, a segunda desde o caso. Ele está preso acusado de matar Thiago Motta. Segundo denúncia do MPRJ, o crime aconteceu após discussão sobre política.

O que aconteceu

O escritório Corrêa e Caetano Advogados informou ao UOL que deixou a defesa de Marcelo hoje (13).

O escritório alegou que Marcelo decidiu realizar a troca "devido à interferência externa" e acusou o escritório de Renato Darlan de agir "sem ética profissional".

Corrêa e Caetano Advogados diz ainda que Darlan se manifestou à mídia e divulgou uma nota "totalmente distinta" sobre o caso.

O UOL procurou Renato Darlan, que disse ter sido procurado por uma pessoa de confiança de Marcelo e ter posse de uma procuração para defender o policial penal.

Ele alegou que foi passado que o escritório anterior seria avisado sobre a troca, concordou com as alegações de Ana Carla Corrêa e se desculpou pela confusão na comunicação.

Corrêa e Caetano Advogados havia assumido a defesa após Angelo Máximo deixar o caso alegando "foro íntimo".

O caso

Thiago Leonel Fernandes da Motta foi morto e Bruno Tonini Moura ficou gravemente ferido após serem alvo de cerca de 10 tiros.

Eles estavam no bar após a partida entre Flamengo e Fluminense, primeiro jogo da final do Carioca.

Thiago era torcedor do Fluminense, assim como Bruno. O clube se manifestou nas redes sociais e pediu rigor nas apurações do caso.

O policial penal Marcelo de Lima teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Bruno Rodrigues Pinto, da Central de Audiências de Custódia. Na ocasião, a hipótese de legítima defesa foi descartada.

Marcelo está no presídio Frederico Marques para a Cadeia Pública Constantino Cokotós, em Niterói. O local é destinado a policiais civis e penais da ativa.

O MPRJ denunciou Marcelo por homicídio triplamente qualificado.

Segundo o MPRJ, "em frente à pizzaria 'Os Renatos', localizada na Rua Isidro de Figueiredo, Marcelo teria dito que 'petista é igual flamenguista, tudo burro e ladrão'".

Ainda segundo o documento, "após uma discussão, o denunciado, com vontade livre e consciente de matar, efetuou disparos de arma de fogo contra as vítimas".

De acordo com o que foi encaminhado à 4ª Vara Criminal da Capital, "os crimes foram praticados por motivo torpe, em razão do inconformismo de Marcelo com as posições políticas expressadas pelas vítimas após suas declarações".

Veja nota do escritório:

"O escritório Corrêa e Caetano Advogados Associados, através da dra. Ana Carla Corrêa, comunica oficialmente que não mais patrocina a causa do sr. Marcelo de Lima. Devido à interferência externa, o mesmo decidiu trocar pelo escritório do dr. Renato Darlan, que agiu sem ética profissional, uma vez que iniciou os trabalhos sem a formalidade e comunicação devida.

Inclusive, se manifestou à mídia sem ter identificado à equipe ainda nos autos do processo, dando a entender que a fala era deste escritório, enquanto a nota do escritório Corrêa e Caetano referente ao caso era totalmente distinta. Ressalta, este escritório, que só tomou ciência que não estava mais no caso por terceiros não interessados".

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