Renato Gaúcho detona CBF por calendário: 'Grêmio está sendo prejudicado'
Em entrevista coletiva logo após a vitória do Grêmio sobre o Santos por 1 a 0, neste domingo (16), pelo Brasileirão, Renato Gaúcho criticou a CBF pelo calendário da equipe. O treinador afirmou que seu time, inclusive, quase não conseguiu treinar para a estreia na competição depois de jogar contra o ABC, pela Copa do Brasil, na última quinta-feira (13).
"Eu não estou entendendo a CBF marcando esses jogos do Grêmio. Jogamos na quinta-feira, atravessamos o Brasil todo, nem treinamos, jogamos contra o Santos. A gente que ganhar o Campeonato Brasileiro assim como todos os outros clubes. A gente quer entrar com tudo, mas a CBF não pode beneficiar ninguém. O Grêmio vai jogar contra o Cruzeiro, volta para jogar na Arena contra o ABC, pela Copa do Brasil, e atravessa o Brasil para jogar contra o Cuiabá. Fica difícil, já falei para o presidente e para a diretoria. Por que o Grêmio está jogando nas quintas e nos domingos?", começou dizendo o treinador.
"Vamos falar de voos fretados e cai na parte financeira que o clube tem. Faz o que então? Eu já falei... Daqui a pouco se eu colocar time reserva para jogar não venham me falar que o Grêmio está largando o Brasileirão. Tem que ser justo para todos os clubes. O Grêmio está sendo prejudicado neste campeonato. Só não vê quem não quer. Não pode acontecer isso", completou.
Com 45.749 km a serem percorridos durante as 38 rodadas do Campeonato Brasileiro, o Grêmio é o quarto time, empatado com o Internacional, que mais viajará pelo país para cumprir os seus jogos somente nesta competição.
O que mais ele disse?
Falta de treinos: "A equipe não teve tempo nenhum [para treinar] porque sábado pela manhã os jogadores praticamente não fizeram absolutamente nada. Eu, simplesmente, tirei o avião do corpo deles e o cansaço da viagem. Então, taticamente não deu praticamente para fazer absolutamente nada. O mais importante de tudo foi que conseguimos estrear bem, com vitória. Vamos ter mais tempo para treinar na semana."
Pênalti perdido por Suárez: "A gente treina com todos os nossos batedores. Na preleção, eu sempre designo três ou quatro atletas para conversarem dentro do campo, trocarem ideias e, quem estiver com uma confiança maior, pode bater. O Suárez sempre está com confiança. Todos eles têm treinado bem e vão continuar treinando, mas, muitas vezes, o treinador tem que conversar com um ou outro jogador, mas esse tipo de conversa é no vestiário, não vou falar em público. Vamos conversar e tenho certeza que vamos começar a melhorar. Ninguém discute a qualidade do Suárez."
'Casca' do jogo: "Dei os parabéns ao grupo [pela vitória]. Taticamente, houve uma entrega muito grande, muitas vezes o time está em campo e não tem aquele entrosamento necessário porque a gente está tendo vários problemas no DM e durante as partidas. Não tem tempo para você acertar, treinar, mas o que vale é a garra e a vontade dos jogadores. Sempre costumo falar para o grupo que o jogador tem que estar preparado. A camisa tem chegado para alguns jogadores em momentos que nem eles esperavam ter uma chance no profissional do Grêmio. Quando tivermos todo o grupo pronto, os jogos vão ser diferentes porque vamos ter mais opções."
Reforços: "É um assunto que se eu falar publicamente, amanhã as pessoas abrem manchete, ficam falando que falei isso, aquilo, que mando no clube... O mais importante de tudo é que eu tenho conversado com o presidente e temos trocado ideias. Estamos atentos, só que, às vezes, o que a gente quer, a gente não consegue porque batemos na parte financeira, onde praticamente todos os clubes estão passando por dificuldades. O torcedor pode ficar tranquilo porque nós estamos atentos. Querer? Eu quero. Eu entendo o lado financeiro do clube. O nosso maior problema, infelizmente, são as lesões."
Defesa a Diogo Barbosa: "Ele fez uma grande partida contra o Caxias, entrou bem. Eu já falei lá atrás... Muitas vezes o jogador fica marcado para o torcedor dependendo do que acontece em um jogo ou outro, mas o que tem que acabar no RS é, muitas vezes, [a imprensa] ter que olhar o lado do ser humano. O comentarista do ar condicionado ataca o jogador, a pessoa e não o profissional e os torcedores vão junto. Ele [Diogo Barbosa] sempre foi importante para nós. Então, um pouco mais de calma quando vão criticar um jogador. Eu também critico jogadores entre quatro paredes, mas é a maneira que se fala no microfone com um jogador. Ele começa a ficar marcado."
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