Nove jogadores são investigados pelo MP por manipulação de jogos
A lista de investigados pelo Ministério Público de Goiás na operação Penalidade Máxima II tem nove jogadores. O número dos alvos da ação para coibir manipulação de jogos foi revelado pelos promotores responsáveis, em coletiva, hoje (18).
O que aconteceu
O promotor Fernando Cesconetto citou que nove atletas, ao todo, foram objeto de mandados de busca e apreensão durante a manhã.
Ele não citou nomes e ressaltou que nenhum jogador foi preso. A apreensão busca, por exemplo, celulares e anotações.
O Red Bull Bragantino e Sport emitiram nota e reconheceram que dois jogadores envolvidos defendem os clubes atualmente, um jogador em cada um.
Na divisão por estado, um jogador estava em Goiás, dois em Santa Catarina, dois no Rio Grande do Sul, dois em São Paulo e dois em Pernambuco.
As investigações abrangem 11 partidas, sendo seis da Série A 2022 e cinco de campeonatos estaduais de 2023.
Os próximos passos
Os detalhes do caso serão divulgados quando o MP concluir as investigações e apresentar a denúncia à Justiça comum.
Posteriormente, as provas e o conteúdo da apuração serão encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A procuradoria, então, denunciará os eventuais envolvidos para aplicar a eles punições desportivas.
Peculiaridades
O MP revelou alguns detalhes sobre o comportamento dos jogadores. Um deles negou que tivesse aceito a proposta para tomar cartão amarelo no jogo do Juventude contra o Goiás, em 5 de novembro de 2022. Mas reconheceu que aceitou proposta de apostadores para outra partida anterior: Juventude x Palmeiras, em 10 de setembro.
Os crimes
"A investigação se centra no crime de organização criminosa, bem como em crimes de corrupção no âmbito desportivo previstos no estatuto do torcedor. Jogador envolvido que solicita ou aceita vantagem indevida para promover qualquer alteração de evento, não só resultado, tanto ele pode responder quanto quem alicia. Essa pessoa que dá ou promete vantagem pode responder por um crime com pena de dois a seis anos de prisão. O jogador, quem solicita ou aceita vantagem, também responde. Não se descartando avançarmos para crime de lavagem de dinheiro ou outros crimes a serem identificados".
Fernando Cesconeto, promotor do MPGO
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