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Defesa de Marcinho diz que vai recorrer de condenação: 'Foi um acidente'

Marcinho, ex-jogador do Botafogo, sai da delegacia após prestar depoimento por atropelamentos no Rio de Janeiro - Alexandre Araújo/UOL
Marcinho, ex-jogador do Botafogo, sai da delegacia após prestar depoimento por atropelamentos no Rio de Janeiro Imagem: Alexandre Araújo/UOL

Alexandre Araújo

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

19/04/2023 09h20

A defesa do lateral-direito Marcinho promete recorrer da sentença que o condenou a três anos e seis meses em regime aberto pela morte de Maria Cristina José Soares e Alexandre Silva de Lima. O jogador defende o América-MG.

O que aconteceu

Gabriel Habib, advogado do jogador, disse que a defesa ainda não foi intimada.

Em breve nota, Habib diz que vai "recorrer para a segunda instância para tentar absolver Marcinho porque entendemos que foi um acidente".

Condenação

Marcinho foi condenado a três anos e seis meses em regime aberto, em sentença proferida pelo juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 34ª Vara Criminal, na noite de ontem (18).

O juiz determinou também que o jogador tenha a carteira de habilitação suspensa pelo mesmo período.

No documento, é citado ainda que a "omissão de socorro é inquestionável".

Rudi Baldi Loewenkron lembra que Marcinho não parou no local do atropelamento, que "antes do crime o acusado estava tomando chope" e que não fez contato com a PM ou Corpo de Bombeiros para auxílio às vítimas.

O caso

Marcinho atropelou o casal Maria Cristina José Soares e Alexandre Silva de Lima no dia 30 de dezembro de 2020, no Recreio, Zona Oeste do Rio. Alexandre morreu no local e Maria Cristina seis dias depois.

À época, ele estava em reta final de contrato com o Botafogo.

O carro do jogador, de modelo Mini Cooper, foi encontrado a cerca de 600 metros de onde ocorreu a colisão.

Na ocasião, a defesa alegou que Marcinho deixou o local do acidente por estar apavorado e com medo de linchamento. "Não prestou socorro porque estava com muito vidro no olho, apavorado. As pessoas começaram a aglomerar perto do carro".

De acordo com laudo produzido pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli, o carro trafegava entre 86 Km/h e 110 Km/h. A velocidade máxima na via é de 70 Km/h.

Um parecer elaborado pelo MPRJ apontou que "não poderia ser descartada de forma categórica" a presença de "álcool circulando no seu corpo". O inquérito indicou que ele ingeriu cinco chopes no dia do acidente.