Ex-jogadora acusa técnico de assédio moral: 'Você está gorda'
Nazaret Segura, ex-jogadora do Alhama, da Espanha, acusou o técnico do time de tê-la chamada de 'gorda'. A declaração foi dada durante entrevista à Radioestadio Noche.
Gorda. "Ele falava 'você está gorda, não sei o que tá fazendo no futebol' (...) Tirei um peso de cima dos ombros. Só consegui ficar seis meses no clube, não aguentava mais. O treinador te subestima tanto que você acaba se sentindo inútil. Desde então não consigo pisar num campo de futebol, começo a chorar".
Perdeu a vontade de jogar. "Quando uma pessoa te desvaloriza tanto, você sente que não serve para isso e perde a vontade de jogar futebol. No final das contas não tem a ver com o dinheiro, já se sabe como é o futebol feminino...".
Salário bom. "Eu até tinha um bom contrato, ganhava 800 euros [por mês] e um bônus por cada golo. Saí porque o treinador passava por cima dos meus valores, nos tratava de uma maneira que não era legal. Nos desvalorizava, psicologicamente era complicado".
Escândalo na Espanha
Randri García, técnico do Alhama, tem sido acusado por meninas da equipe de insultos machistas, falta de respeito e tratamento discriminatório.
Ele já teria criticado a orientação sexual de jogadores e a situação está insustentável, segundo o jornal espanhol Mundo Deportivo.
A gota d'água teria sido quando o treinador enviou uma foto de cunho sexual para o grupo de jogadoras, sendo que há uma menor no elenco.
O Alhama emitiu um comunicado oficial negando a "existência de qualquer incidente grave envolvendo as jogadoras".
"Em relação ao que foi publicado sobre o suposto envio de uma fotografia, o Alhama abriu uma investigação interna há vários dias", afirma o clube.
As meninas gravaram um vídeo público defendendo o treinador de assédio sexual.
Randri García está no Alhama desde 2018 e tem contrato até junho de 2023.
Algumas dessas informações que estão sendo divulgadas pela mídia, na ausência de verificação, estão causando danos à integridade do nosso treinador, hoje injustamente qualificado do nosso ponto de vista como um assediador sexual", diz trecho do comunicado das meninas.
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