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O que Cuca já disse sobre condenação de estupro na Suíça

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

20/04/2023 18h38

Cuca foi anunciado como novo técnico do Corinthians na tarde de hoje (20) e o acerto causou revolta nas redes sociais devido a condenação por participação em um caso estupro. O treinador já se pronunciou sobre o episódio ao UOL, em 2021.

O que aconteceu

Cuca conversou com a colunista Marília Ruiz, em março de 2021, e, pela primeira vez, falou abertamente sobre o acontecido em 1987.

O novo técnico do Corinthians salientou que foi julgado à revelia e afirmou que "não houve estupro como falam".

O Código de Processo Civil descreve a revelia "como o ato de o réu deixar de se defender, mesmo tendo sido citado, ou oficialmente informado, por ato da justiça, da existência de um processo judicial contra ele".

Não fui julgado e culpado. Fui julgado à revelia, não estava mais no Grêmio quando houve esse julgamento com os outros rapazes. É uma coisa que eu tenho uma lembrança muito vaga, até porque não houve nada. Não houve estupro como falam, como dizem as coisas. Houve uma condenação por ter uma menor adentrado o quarto. Simplesmente isso. Não houve abuso sexual, [não houve] tentativa de abuso ou coisa assim Cuca, ao UOL, em 2021

Cuca garantiu que jamais tocou "em uma mulher indevidamente" e salientou "ter a consciência tranquila".

Topo falar com você, Marília. Qual o problema? Sou uma pessoa do bem, vivo numa família de mulheres, 90% da minha família são mulheres! Esse episódio de 1987 precisa ser explicado. Eu estava no Grêmio havia duas ou três semanas apenas, não conhecia ninguém. Eu jamais toquei numa mulher indevidamente ou inadequadamente. Sou um cara de cabeça e consciência tranquila. Tenho a consciência tranquila Cuca, ao UOL, em 2021

Veja a coluna de Marília Ruiz com a abordagem sobre o tema na íntegra.

Julgamento à revelia?

Em março de 2021, o UOL conversou com Luiz Carlos Pereira Silveira Martins, o Cacalo, ex-presidente do Grêmio e então vice-presidente jurídico do clube na época.

Ele explicou que todo o processo foi feito com o acompanhamento do departamento jurídico do Grêmio. "Acho que ele se enganou nisso aí".

"Na Suíça funciona assim: um juiz faz a instrução toda do processo, ouve as partes, as testemunhas, quantas vezes ele quiser. Depois que instrui o processo, toma todos os depoimentos, colhe todas as provas, quem julga é um outro juiz. E aí acontece um julgamento sumário, simplesmente apresenta a sentença".

O julgamento sumário aconteceu em agosto de 1989, e contou com a presença de Cacalo, como representante jurídico dos quatro jogadores.

O caso Cuca

Cuca e outros três jogadores do Grêmio (Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi) foram acusados de estuprarem Sandra Pfäffli, que tinha 13 anos na época, na Suíça.

Todos os quatro ficaram presos por quase 30 dias e retornaram ao Brasil após prestarem depoimentos. Cuca foi condenado dois anos depois a cumprir 15 meses de prisão e ao pagamento de US$ 8 mil.

Apesar da condenação, ele nunca foi preso. Na época do acontecido, Cuca tinha 24 anos.

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