Como foi a noite de Libertadores dos palmeirenses no Morumbi após 23 anos
"Olha o espetinho, Palmeiras", gritou um ambulante em frente ao Morumbi na fria noite de ontem (20). Restavam ainda algumas horas para o Palmeiras fazer a bola rolar na casa do São Paulo. Uma noite diferente...
A última vez em que o Verdão tinha mandado um jogo de Libertadores em 'território rival' havia sido há 23 anos: em 2000, quando acabou perdendo o título do torneio para o Boca Juniors (ARG) nos pênaltis.
O movimento verde em ruas e muros tricolores causavam estranheza. Perto de pinturas exaltando feitos do São Paulo, camisas e bonés alviverdes eram pendurados por um ambulante.
"Já é a segunda vez neste ano, mas sempre dá um medo, né? Sempre tem um que quer fazer uma graça, mas até que dá última vez foi tranquilo. Pessoal que vem é mais família", disse um atendente de um bar tricolor das imediações. "E vende o mesmo tanto, viu?", explicou.
Orientadores gritavam em um alto-falante instruções da calçada do estádio. 'Portão 4, 5 e 6 à esquerda'. Ao som, alguns palmeirenses mais perdidos giravam no eixo para irem na direção contrária.
"Ai que saudade do meu Allianz", disse uma palmeirense a caminho do seu portão. "Tá doida, muito longe", respondeu a outra.
Dentro do estádio, a festa foi quase tão bonita quanto no "seu Allianz". As arquibancadas perderam o vermelho característico do estádio e o verde tomou conta ali também, como já fizera nos entornos antes.
O susto do primeiro tempo deixou o torcedor um tanto incomodado, deslocado e tímido fora de sua casa. Ainda assim, não se furtou de gritar em incentivo ao time.
Mas foi na segunda etapa que tudo virou a costumeira festa alviverde. O Morumbi tremeu quando o Verdão virou a partida e o gol de Navarro foi suficiente para deixar o palmeirense à vontade até mesmo para fazer seu show de luzes das lanternas dos celulares das arquibancadas.
O apito final fechou uma noite de Libertadores feliz para o torcedor palmeirense, mas até o próprio Abel Ferreira não vê a hora de voltar para o "seu Allianz", o "chiqueiro" do Verdão.
"Tapete top, campo espetacular. Gosto de jogar aqui, mas não é nossa casa. É mais vantajoso jogar aqui para o Cerro do que pra nós. Onde eu queria jogar era lá no chiqueiro. Aqui é tudo aberto e o barulho sai, não sente a vibração da torcida. Mas todos juntos somos fortes."
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.