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Cuca se incomoda com atuação do Corinthians e admite culpa por gol sofrido

Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)

23/04/2023 22h09

O técnico Cuca mostrou incômodo com a derrota sofrida pelo Corinthians para o Goiás na noite de hoje (23), por 3 a 1, de virada, pelo Brasileirão. Em entrevista coletiva, o treinador também assumiu a culpa pelo gol que sacramentou o resultado negativo em Goiânia.

Resultado: "O jogo foi justo. A derrota foi justa. Fomos superiores em poucos momentos do jogo. Começamos muito aquém do que poderíamos e deveríamos. Eles começaram melhor o jogo. Fizemos o gol, melhoramos, poderíamos e pensamos que iríamos tomar conta do jogo e eles nos trouxeram muitos problemas, principalmente pelo lado direito, onde já tínhamos feito uma dupla marcação com Barletta e com o Fábio Santos e, mesmo assim, não foi suficiente. Em umas dessas bolas, empataram o jogo e, no segundo tempo, foram melhores."

Culpa: "Eu senti que o time não tinha velocidade pelos lados do campo, tentamos a velocidade com o Róger Guedes e o Pedro, trazendo o Giuliano para ser o meia armador, com o Fausto como segundo jogador de saída, mas não conseguiram jogar, foram bem marcados. A entrada do Roni deu uma consistência melhor ao meio de campo e pensamos até em ter uma profundidade maior pelo lado direito e não fomos bem. Tentamos com o Paulinho fazer esse meia de aproximação e chegada na frente, mas não surtiu efeito. Terceiro gol do Goiás foi erro meu, culpa minha, que tentei empatar colocando o Júnior Moraes e tirando um zagueiro, o Balbuena."

Promessa: "Estou aqui há dois dias e o que eu tenho que falar com o jogador eu falo dentro do vestiário. Posso falar que não estou nada satisfeito com o meu trabalho, com o nosso jogo. Não é esse o jogo que eu quero e que eu pretendo ter. Agora, mesmo tendo jogos domingo e quarta, entra o meu trabalho e podem ter certeza que em 10 ou 15 dias vamos ter um time mais organizado, podem me cobrar. Vamos ter um time menos espaçado. Tem uma série de coisas que temos que melhorar e isso cabe ao treinador, eu vou assumir essa responsabilidade. O Goiás viajou, chegou ontem e correu mais que nós. Isso não pode acontecer. Temos que ter uma postura diferente em todos os sentidos, a começar por mim, eu cobro e vou cobrar assim como vou ser cobrado e com toda razão."

Preparação para os próximos jogos: "Eu acho que a preparação nem é técnica, é mais emocional. Temos que encontrar o remédio para por em campo a alma, o espírito e deixar tudo em campo. Esse é um princípio básico do futebol, é por onde eu já conversei no vestiário e falei com eles. Não é por parte tática ou técnica, o mais importante é comportamental e temos que melhorar isso."

Remo: "Tem que ser totalmente diferente do que jogamos hoje. Se não for assim, não vamos nem ganhar o jogo, muito menos fazer três gols. Não vou esconder, não adianta falar coisas bonitas aqui, a responsabilidade é de todos nós. Não é porque estou aqui há dois dias que não é minha. Quarta-feira tem que ser totalmente diferente desde o primeiro segundo."

Mais promessa: "Sim [nenhum jogador tem cadeira cativa]. É por isso que eu vim para cá. Se as coisas estivessem todas organizada, certas, eu não teria vindo. Então, hoje eu fui sentir o que é o Corinthians e o que eu estou passando. Não posso falar uma coisa que não estou sentindo, não seria eu, mas vai mudar. Podem me cobrar que vai mudar."

Pressão da torcida: "Sinceramente, eu não vi torcedores pedindo a saída [durante o jogo]. Vi eles apoiando o jogo todo, não vi faixa nenhuma. Faixa não é a torcida, é um torcedor. Hoje tinham mil torcedores aí e cantaram o tempo inteiro, mesmo com a gente perdendo, nunca vi. Isso é de tirar o chapéu. Eu trabalho em um clube democrático, o mais democrático do país e todas as manifestações temos que saber lidar. Eu sou Corinthians, estou aqui para trabalhar. Em todos os times, tive começos ruins, médios e vinguei e tenho muita esperança em vingar aqui e fazer o Corinthians ganhar jogos e, quem sabe títulos."

Parte física: "Não sei, não foi feita uma avaliação, mas é fato também [pode atrapalhar]. Às vezes é o jogador que não está conseguindo colocar para fora todo o potencial físico que ele tem. Cabe a gente fazer isso, a equipe técnica é ótima. Temos que achar a maneira do jogador desempenhar e desenvolver tudo que ele pode."

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