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Abel fala sobre gols sofridos e manda recado à torcida: 'confiem e apoiem'

Abel Ferreira, do Palmeiras, em jogo contra o Ituano pelo Campeonato Paulista - Cesar Greco/Palmeiras/by Canon
Abel Ferreira, do Palmeiras, em jogo contra o Ituano pelo Campeonato Paulista Imagem: Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)

26/04/2023 23h23

Abel Ferreira não gostou de ser perguntado dos gols sofridos pelo Palmeiras nos últimos jogos — a equipe foi vazada nas últimas cinco partidas. Na noite de hoje, o Verdão empatou com o Tombense, por 1 a 1, pela Copa do Brasil.

Vocês vão até onde vos interessa. Quem foi o melhor ataque do Paulistão? Quem foi a melhor defesa? Acabou. Fechado. O melhor ataque e a melhor defesa do Paulistão foi do Palmeiras. Em seguida, fomos jogar a Libertadores, priorizamos um jogo... Só não vê quem não quer. Eu não vou voltar a ensinar quem não quer ver. Sim, vamos continuar a sofrer gols. Sim, os jogadores sabem o que temos que fazer. Eu sou pago para isso mesmo, para trabalhar em cima do que temos que melhorar, mas não só os gols sofridos. Temos que melhorar os gols sofridos mas, hoje, por exemplo, o que mais me preocupou foi termos seis ou sete oportunidades [de gols] e não termos matado [o jogo]" Abel Ferreira

O que mais ele disse?

Mais sobre gols sofridos: "Claro, não olho só para um aspecto. Sim, estamos sofrendo gols e sabemos como sofremos. As pessoas esquecem que o Vasco teve uma semana inteira para se preparar para o nosso jogo, enquanto nós jogamos de dois em dois dias, sem termos 72 horas, às vezes, para nos recuperarmos. Isso nos obriga a fazer uma gestão de elenco. Outra: quem é a equipe que mais mexe nos 11 titulares? Quem é a equipe com mais jovens no time? O que eu digo para a nossa torcida é que confiem no trabalho que está sendo feito, no que estamos fazendo e, quando sofrermos gols, que nos apoiem.

Uma competição por vez: "Paulistão está fechado, Brasileirão é prova de regularidade, vamos ver no final os gols sofridos, marcados... Não é agora na primeira rodada que já se faz. No Brasil é mágico, é 8 ou 80, ou é o herói ou vilão [...] Na minha opinião, uma boa defesa ganhar campeonatos, e um bom ataque ganha jogos."

Empate: "Na minha opinião, os jogadores que jogaram fizeram um jogo muito bom, entramos de forma séria, mais uma vez conseguimos rodar, potencializar o elenco, vimos nossas ideias em jogo. Foi uma pena. Esse era um jogo para ficar 4 ou 5 a 1. Seguimos, o futebol é isso mesmo, nunca temos a certeza do que pode acontecer, pode haver um erro, um erro tático e enfim, temos que saber a lidar com isso, olhar para o todo e continuar nosso caminho. Nesse mata-mata, o que importa é chegar ao final dos dois jogos e passar à fase seguinte. Mas, dentro daquilo do que era o nosso plano, tendo os jogos que vamos ter esse mês, tudo está correndo dentro do previsto."

Gol anulado: "Na minha opinião, fizemos tudo, menos o mais importante, que é fazer gols. Fizemos um que estava impedido, já vi a imagem e me custa muito olhar para aquela imagem e ver uma câmera na diagonal. Essa é a única câmera que tem? Eu penso que ela [câmera] tem que ser na paralela e não na diagonal... Mas está tudo certo."

Interesse de outros clubes: "As pessoas têm que falar comigo. Tenho contrato com o clube, estou onde quero estar, estou onde querem que eu esteja e é isso que me importa. É o aqui e o agora. Agradeço todo esse reconhecimento que vem [...] Sou um treinador de projeto, mas sabemos que futebol é dinâmico, mas estou em um grande clube, sou muito bem reconhecido e gosto de fazer o que faço."

Preocupação para o clássico: "Há jogadores que jogaram hoje que vão atuar no próximo sábado, há aqueles que ficaram de fora hoje que vão jogar... A temporada é longa, temos muitas lesões recentemente. Fiquei um pouco triste no final do jogo porque temos um jogador que temos que avaliar, não sei se acabou se lesionando, isso é o que me preocupa."

Críticas ao calendário: "Eu disse ano passado que não sabia como nossa equipe ia reagir a isso, quantas lesões teríamos, mas isso é um padrão aqui. Há 50 anos que é assim, isso é o que me preocupa, ter minha equipe sempre nas melhores condições para apresentar um bom espetáculo, qualidade no jogo... Na Fórmula 1, se chove muito, não há corrida. No tênis, se chove, param o jogo. Vou bater sempre nessa tecla, é uma crítica construtiva. Não estou dizendo que o futebol brasileiro não tem qualidade, não é competitivo. Estou dizendo que poderia melhorar 50% se todos os intervenientes do futebol não ficassem sentados na cadeira do seu quintal."

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