Autismo ganha atenção de clubes e espaço em estádios com salas sensoriais
No mês em que se celebra a conscientização do autismo, a causa tem ganho mais atenção dos clubes brasileiros. Algumas ações têm sido realizadas para pessoas diagnosticadas com TEA (Transtorno do Espectro Autista) ou TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade), sendo que agremiações como Corinthians, Coritiba, Goiás e Londrina já estão um passo à frente e construíram camarotes totalmente adaptados em seus estádios.
Ambiente antirruído, iluminação propícia e interatividade
Os ambientes desses estádios têm condições acústicas, térmicas e de iluminação favoráveis para que a pessoa autista se sinta bem. Na construção deles, entidades especializadas na causa foram consultadas.
Há um sistema antirruído, por exemplo, para diminuir o barulho do estádio, já que isso pode incomodar estes torcedores. A iluminação do ambiente é feita por meio de luz indireta, e o mobiliário também é pensado de forma adaptada. Há também brinquedos e até videogame. O maior é o da Neo Química Arena, chamado de Espaço TEA, que tem capacidade para 160 pessoas. O Morumbi, casa do São Paulo, tem um projeto em andamento para também construir seu camarote sensorial.
Nossa missão é tornar o Hailé Pinheiro um local que tenha a capacidade de receber todos os tipos de público. Inauguramos o camarote exclusivo para pessoas com TDAH e Espectro Autismo e queremos que elas participem dos eventos mais importantes de um clube de futebol, que são as partidas. Em breve daremos início também ao projeto de camarotes destinado aos torcedores com Síndrome de Down
Paulo Rogério Pinheiro, presidente do Goiás
Outros clubes realizam ações
O Vasco realizou um amistoso contra o Athletic em São Januário em que somente crianças e adolescentes autistas puderam acompanhar o duelo em ambiente adaptado.
O Cuiabá tem levado oito crianças autistas por jogo — junto de seus acompanhantes — para um camarote na Arena Pantanal nas partidas do Brasileirão.
O Avaí realizou uma ação, no último dia 22, pedindo para seus torcedores se manterem em silêncio durante a entrada do time para não causar incômodo às crianças autistas que estavam com os jogadores. A parceria foi feita com o projeto "Diário Mãe de Autista", e o clube também fará uma rifa beneficente.
O Novorizontino promoveu uma interação entre alunos das escolas municipais de Novo Horizonte diagnosticados com TEA e jogadores do profissional.
Já o Sport levou dez crianças autistas para entrar com a equipe na semifinal do Campeonato Pernambucano e o jovem torcedor Elton Júnior, rubro-negro autista, teve o privilégio de puxar o famoso "Cazá", grito da torcida, pelo microfone do estádio:
O que é TEA e TDAH?
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade.
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