Cássio evita falar de polêmica e diz que Corinthians está 'junto' com Cuca
O goleiro Cássio, um dos heróis do Corinthians na classificação sobre o Remo na Copa do Brasil, falou sobre a relação do elenco com o técnico Cuca, que chegou há menos de uma semana em meio a protestos da torcida.
Ele se dedicou. Não vou entrar em detalhes, mas é um cara que, apesar de tudo, tem lutado para ajudar. Deve ter passado por um momento difícil, como nós passamos, mas tentou nos ajudar, tentou guiar e nós estamos juntos: vamos nos juntar. Aqui tem muito trabalho. Temos muito a melhorar com ele, mas saímos feliz com a vitória, é uma vitória que dá muita confiança para o decorrer das competições" Cássio ao sportv após o jogo
O que aconteceu
Cuca fechou com o Corinthians e logo foi pressionado por um crime de estupro ocorrido na Suíça nos anos 80 — na época, ele jogava pelo Grêmio e acabou condenado.
Os protestos começaram assim que Cuca foi anunciado. No mesmo dia da apresentação do treinador, uma manifestação tomou conta da porta do CT Joaquim Grava. Os torcedores se mostraram contra a iniciativa da diretoria alvinegra, comandada pelo presidente Duílio Monteiro Alves.
O futebol feminino do Corinthians também se manifestou. Em nota conjunta, as jogadoras do elenco e o técnico Arthur Elias afirmaram que o movimento "'Respeita As Minas' não é uma frase qualquer" — o nome de Cuca, no entanto, não foi citado. Ex-diretor do clube na época da "Democracia Corinthiana", Adilson Monteiro Alves, pai de Duílio, endossou o protesto.
Crime na Suíça ganhou reviravolta. Entrevistado pelo UOL, o advogado Willi Egloff, que representou a vítima de estupro na Suíça, afirmou que a menina reconheceu Cuca como um dos agressores — na entrevista de apresentação no Corinthians, o treinador disse que ele não foi reconhecido pela vítima. Egloff também confirmou a informação do jornal "Der Bund", de Berna, que informou na época que o sêmen do brasileiro foi encontrado na garota.
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