Guedes tentou convencer Cuca a ficar e diz que 'foi desumano' o que fizeram
O atacante Róger Guedes disse que tentou convencer Cuca a seguir no Corinthians e lamentou o clima após a saída do treinador.
O clima é uma merda. Não tem outra palavra. Treinador sai depois de uma classificação difícil. Parte da imprensa e torcedores que atacaram ele foi desumano." Guedes, na zona mista após a vitória sobre o Remo
Passagem rápida e polêmica
Cuca deixa o Corinthians após um trabalho de dois jogos. No último domingo (23), a equipe perdeu para o Goiás em jogo da 2ª rodada do Campeonato Brasileiro, e ontem (26) conseguiu eliminar o Remo da Copa do Brasil, nos pênaltis — o anúncio da saída veio depois de reunião de quase duas horas com o elenco.
A condenação por estupro pesou na decisão. O técnico esteve envolvido em um crime ocorrido na Suíça em 1987 — na época, ele jogava pelo Grêmio.
Os protestos começaram assim que Cuca foi anunciado pelo clube. No mesmo dia da apresentação do treinador, uma manifestação tomou conta da porta do CT Joaquim Grava. Os torcedores se mostraram contra a iniciativa da diretoria alvinegra, comandada pelo presidente Duílio Monteiro Alves.
O futebol feminino do Corinthians também se manifestou. Em nota conjunta, as jogadoras do elenco e o técnico Arthur Elias afirmaram que o movimento "'Respeita As Minas' não é uma frase qualquer" — o nome de Cuca, no entanto, não foi citado.
Versão sobre crime na Suíça ganhou desdobramentos. Entrevistado pelo UOL, o advogado Willi Egloff, que representou a vítima de estupro na Suíça, afirmou que a menina reconheceu Cuca como um dos agressores — na entrevista de apresentação no Corinthians, o treinador disse que ele não foi reconhecido pela vítima.
O que mais Guedes disse
Acredita em Cuca: "O jeito que atacaram ele foi desumano, de um jeito que ninguém merece. Ainda mais sem ter prova alguma. Não sei nem como está, mas eu acredito na palavra dele. Eu espero que ela possa provar a todo mundo que o atacou a palavra dele."
Jogadores já sabiam: "No fim do jogo, ele nem conseguiu falar. Todo mundo viu que ele já ia chorar. Ontem mesmo eu fiquei uma hora na sala dele, os jogadores já sabiam da decisão. Eu tentei de toda a maneira, falei para ele ter calma, mas atacaram de uma forma desumana e ele não tinha cabeça."
Entende o técnico: "Fico até feliz com a saída dele para ele poder ficar em paz com a família. Triste ver ele arrasado. Nos colocamos no lugar dele, esposa e filhas sofrendo demais."
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