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Técnico do Bota sobre ira com arbitragem: 'não admito intervenção no time'

Do UOL, em São Paulo (SP)

30/04/2023 18h51

O técnico Luís Castro, do Botafogo, falou sobre a sua revolta com a equipe de arbitragem durante uma substituição na vitória por 3 a 2 sobre o Flamengo, pelo Brasileirão.

O que disse: "[Falei para] Edina comandar a equipe dela e eu a minha. Tinha dito que não queria a substituição na bola parada porque o jogador que ia tirar, Júnior santos, era alto, e ia colocar jogador mais baixo [Di Plácido] naquele momento. No futebol tudo pode acontecer."

Escanteio para o Fla: "Naquele momento, imagine se fosse gol... Toda imprensa diria que eu era maluco. Nem era só por isso, era decisão minha, não queria naquele momento. Informei a equipe de arbitragem, portanto não era para ser feita."

Sem intervenção: "Não permito que ninguém intervenha na minha equipe, não admito. Só isso, nada mais."

O que aconteceu

O técnico português se irritou na beira do gramado quando o quarto árbitro informou a substituição. Ele ficou fazendo gestos de negação com os dedos.

Castro alegou que tinha informado a equipe de arbitragem para segurar a mudança na jogada. Ele queria que a troca fosse feita depois da jogada de bola parada do adversário.

O comandante do Botafogo acabou sendo expulso por reclamação por Edina Alves. O lance ocorreu aos 11 minutos do segundo tempo.

O que mais ele disse em coletiva

Arbitragem mais severa? "Acho que não. Há regras para serem cumpridas. Se elas forem de forma igual, não há problema, desde que todos os árbitros tenham os mesmos critérios com todas as equipes. Para mim está tudo bem. Mas, se não tiver, está tudo mal. Regras são sempre boas, desde que venham melhorar o jogo e iguais para todos."

Surpresa por Santos. "Fomos surpreendidos por um Santos muito alto. Ele tinha dado sinais de que poderia ser mais adiantado, só que mais perto da área. Desta vez, posicionou-se muito alto."

Estratégia do jogo: "Botafogo não abdicou da posse de bola, sempre quisemos. Mas queríamos nas zonas definidas, assim como nas de pressão. Nossa estratégia era pressionar os três zagueiros deles. Foi nossa decisão não pressionar o Santos, só nos momentos em que tínhamos garantias de recuperar ou de ficar perto de recuperar."

Mais três pontos na tabela: "Acabamos por concretizar o que era nosso objetivo fundamental. Tivemos momentos muito bons no jogo, no todo a tarefa foi bem desempenhada."

Sequência positiva: "Representa trabalho, união, espírito e sacrifício. Dedicação total dos jogadores e da torcida. Significa tudo isso porque nós, quando temos talento associado a trabalho e coragem, normalmente essa mistura dá origem ao sucesso."

Apoio ao elenco: "Jogadores correram muito, trabalham muito, recuperam bem porque se dedicam. Aconteça o que acontecer, vou estar sempre ao lado deles."

Liderança na 3ª rodada: "Não dou importância... Dou importância porque é sinal que ganhamos jogos, mas não sobre significado para o futuro."

Gritos da torcida: "Não ouvi [torcida gritar seu nome], que pena, seria para compensar outros que ouvi (risos). Torcida sabe que sempre respeito. O futebol é uma modalidade que a emoção está permanentemente presente. Quando sofro, não posso insultar ninguém, e a torcida tem essa liberdade. Compreendo tudo, é minha profissão."

Torcedores no Maracanã: "Foi bonito ver o Maracanã com nossa torcida sendo ouvida e sendo parte integrante do jogo, nos ajudou muito. Para mim, isso é fantástico, é a beleza do futebol."

Equilíbrio no time: "A vida do treinador é manter o time equilibrado, é uma missão. Jogadores sabem que só trabalhando... Vitórias só desequilíbrios aqueles que não têm consciência da realidade. Eu tenho e procuro passa-la para o elenco.".

Tchê Tchê e Danilo Barbosa. "Cada jogo tem suas particularidades. Para esse, O Tchê era o jogador que nos trazia benefícios na defesa e no ataque. Tem uma grande zona de abrangência, compensa quando Danilo ai na pressão. São jogadores que se complementam muito bem. Tenho grande confiança em todos da equipe."

Expulsão de Rafael: "Foi uma atitude reativa dele. O que mais me interessa agora é a forma como a equipe correu por ele e como Rafa vai sentir isso. A equipe vai perceber que não pode cometer erro, mas sabe o caminho a percorrer para minimizar os erros que acontecerem."

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