Síndrome da 10? Gabigol se reinventa, mas vive seca de gols com nova camisa
Vivendo o momento de maior pressão desde que chegou ao Flamengo, Gabigol tem o pior início de temporada com a camisa rubro-negra. Depois de assumir a camisa 10, o atacante deixou de lado o modo artilheiro e vive cobrança por mais gols enquanto se reinventa em nova função.
Mais atrás
Gabigol trocou a camisa 9 pela 10 no final da última temporada. Neste ano, assumiu de vez uma nova função no campo, ficando cada vez mais distante da área.
O atacante, porém, chegou a demonstrar incômodo e pediu a Vítor Pereira para atuar centralizado novamente: "Eu e o Vítor conversamos, expliquei para ele que nesse esquema eu não estava jogando tão confortável, por mais que ajudei o time nesse começo de temporada. Ano passado já era outro esquema, agora é outro, tenho de jogar um pouquinho mais recuado."
Apesar de não balançar tanto as redes como antes, Gabigol tem participado cada vez mais da construção dos gols do time. Diante do Botafogo, o atacante atuou na faixa do meio-campo como construtor. Nas três chances que teve de marcar, no entanto, desperdiçou.
Sem Gerson e com Ayrton Lucas, o Flamengo sentiu no setor de criação e Gabi apareceu até como segundo volante em alguns momentos do clássico.
O camisa 10 não marca com bola rolando há dois meses e meio. Os últimos gols foram contra Maringá, quando também deu uma assistência, e Coritiba, mas os dois foram de pênalti.
Piores números
Com os 11 gols marcados até aqui em 23 jogos, Gabigol vive o pior começo de temporada pelo Flamengo. Desde que voltou ao Brasil, esse ano só é melhor do que 2018, quando estava no Santos. Naquela ocasião, ele balançou a rede as mesmas 11 vezes, mas deu somente uma assistência contra duas de 2023.
Neste mesmo recorte das primeiras partidas da temporada por clubes, o melhor ano foi 2021 (23 gols e 5 assistências), seguido por 2020 (16 gols e 9 assistências), 2022 (15 gols e 2 assistências) e 2019 (13 gols e 2 assistências).
Se não marcar no próximo jogo, pela Libertadores na quinta-feira diante do Racing, Gabi terá o pior início desde a saída da Europa. No Santos, ele chegou aos 12 gols em 24 partidas.
Pressão
O momento com poucos gols e muita expectativa gera cada vez mais críticas por parte da torcida. Além do rendimento em campo, os rubro-negros também afirmam que o camisa 10 está acima do peso.
Gabigol precisou ouvir vaias, ainda que tímidas, no final do clássico com o Botafogo. Na partida com o Maringá, ele participou de diversos lances nos oito gols, mas foi cobrado por um torcedor na saída do campo.
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