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Palmeiras: Dudu 'deu sorte' de não ter sido tirado antes do gol, diz Abel

Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)

07/05/2023 21h34Atualizada em 07/05/2023 22h16

O primeiro gol de Dudu pelo Palmeiras no ano teve uma 'ajuda' de Abel Ferreira.

Após a goleada do Palmeiras sobre o Goiás, por 5 a 0, hoje (7), o treinador português afirmou que deixou o atacante em campo porque sabia da ansiedade do seu atleta pelo fim do jejum.

Entretanto, o técnico garantiu que 'consequências' virão em breve.

Ele deu sorte porque não tirei ele hoje. Ele joga em uma posição que eu chamo de 'aceleradores de jogo', e hoje acabei por deixar ele ficar até o final porque sabia que ele queria muito fazer esse gol, só que isso vai ter consequência lá na frente. Temos pouco tempo para nos recuperar e, quando tiro esses jogadores, é pensando mais na frente. Sei que eles ficam chateados porque todos querem jogar até o fim, mas a missão do treinador é ver à frente, o que o torcedor, jogadores e direção não veem" Abel Ferreira

O que mais Abel disse?

Sobre Dudu: "O Dudu, além de um finalizador, é um assistente, que tem muitas assistências, mas é um jogador que em uma temporada normal, tem que fazer entre 10 e 15 gols, ele sabe disso e também se cobra. Não é por falta de que ocasiões, é porque o futebol às vezes é assim. Eu digo que não é 'zica', é quando tem que ser. O Endrick sempre estava muito preocupado também, mas tudo vem no tempo de Deus".

O jogo: "Entramos bem no jogo até os 25 minutos, muita dinâmica com a bola. O adversário reagiu muito bem, nos empurrou até a nossa defesa após o gol [que abriu o placar]. Depois da expulsão, os jogos ficou mais simples e fácil para nós. Os jogadores sabem o que temos que fazer quando estamos em vantagem numérica. Foi uma vitória muito bem conseguida, de uma equipe consistente. Isso é o que define os grandes times [consistência]".

Críticas ao 'olé': "Eu venho de uma cultura diferente. Para mim, isso [gritar olé] é desrespeitar o adversário. Prefiro que o nosso torcedor continue a cantar as nossas músicas e por isso eu disse que não gosto disso até porque depois os jogadores começam a entrar nisso de só tocar a bola e eu não gosto desse jogo de posse sem intenção, onde os jogadores correm para todos os lados e só ficam tocando. Quando existe o 'olé', a tendência é de um jogo muito passivo".

Vitória sem gols sofridos: "É o equilíbrio. Às vezes sofremos gols em dois ou três jogos seguidos e a imprensa começa a falar disso. Temos que ter calma. Nem agora, que temos o melhor ataque, somos os melhores. Há sempre aspectos e dinâmicas a melhorar. Nem quando sofremos os gols somos os piores. Há gols que são questões minhas, de estratégia, da forma de defender e de regras que os jogadores sabem que têm que cumprir. Quando essas regras não são cumpridas, chamamos a atenção em treino ou em vídeo e é fácil de corrigir. Para se defender bem é preciso de um caráter e um compromisso coletivo [...] Parabéns à defesa da equipe, não falo só o goleiro e dos quatro homens do setor defensivo. Nossa equipe defende desde o centroavante até o goleiro e atacamos do goleiro ao centroavante".

Equilíbrio no Brasileirão: "A melhor equipe é o Botafogo pelo o que a classificação diz, são quatro jogos e quatro vitórias. Será um grande rival. Olhando para a tabela neste momento vocês não conseguem ver na Europa e em nenhum outro país do mundo equipes que ganharam muitas coisas lá entre os últimos. É só aqui que acontece".

Treinos abertos para a imprensa: "As decisões dele [Luxemburgo] eu respeito, cada uma faz o que quer na sua casa, mas na Europa há uma cultura diferente. Aqui, o Palmeiras depois da pandemia não deixou ninguém entrar, é uma decisão institucional, isso ultrapassa a própria equipe técnica. Na Europa, às vezes fazemos 15 minutos aberto, mas isso é uma questão que não falei com a direção. Não tenho problema nenhum com jornalistas, só tenho quando as coisas não são feitas de forma séria e competente".

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