Diniz diz que erro de Fábio será bom para todos: 'sei o que estou fazendo'

Fernando Diniz defendeu Fábio após o empate do Fluminense contra o Vasco, no Maracanã, pelo Brasileirão. Em entrevista coletiva, o treinador afirmou que o erro do goleiro no lance que originou o gol de Pedro Raul fará bem a todos na equipe.

A gente quer que as coisas melhorem, queremos um futebol mais bonito, mais legal, mas a gente quer que tudo dê certo o tempo todo. O Fábio errou? Errou. Erro não é fracasso. Esse erro vai ser muito bom para o Fábio, para mim, para o Fluminense. Eu sei o que estou fazendo, sabemos porque errou" Fernando Diniz

O que mais ele disse?

Risco imaginado: "Procurem quantos gols que o Fluminense fez onde a bola passou pelo pé do Fábio e façam uma média. Se não quiserem que ele nunca erre, nunca saiam jogando. Não tem nada na vida do futebol que sempre vai dar certo. Aí você fala que se aconteceu já não pode sair mais jogando, muito pelo contrário. Se tem algum mérito do meu trabalho é saber separar [...] A gente vai melhorar para demorar a acontecer de novo. É uma coisa evitável, mas é uma coisa que pode acontecer com quem joga da maneira que jogamos."

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Primeiro tempo: "Temos um adversário que marcou as nossas características. Não achei que o primeiro tempo foi ruim, a gente jogou bem melhor no segundo tempo, mas não achei que foi ruim. Temos um adversário, que é um time grande, é um clássico. Eles conseguiram fazer um gol muito cedo e se retraíram muito e estavam dificultando para nós jogarmos da maneira que jogamos contra o River."

Segundo tempo: "No segundo tempo, a mudança de peças não foi muito determinante, o que mudou foi o jeito de jogar, tínhamos que jogar mais espaçados usando mais a amplitude do campo. Abrimos o Arias e o Lima e, com mais agressividade com a bola na parte de trás, conseguimos empurrar o Vasco para trás e, mesmo eles marcando em bloco baixo, criamos inúmeras situações para fazer o gol. O fato do Vasco ter feito o gol antes, deixou eles mais confortáveis para se defenderem em bloco baixo."

Fluminense merecia a vitória: "A bola não entrou, a gente não sabe explicar. Tivemos três centroavantes, mas não sobrou, futebol é isso, assim como a vida, não é tudo explicável. O resultado normal de um jogo como hoje era a gente ter ganho com uma certa folga só pelo volume do segundo tempo. Foram muitas finalizações, e o Vasco só acertou uma na direção do gol, que foi o gol. Ou seja, a gente tem que saber separar o que aconteceu de fato do resultado da partida. A gente merecia hoje fazer mais gols do que fizemos."

Ausência de Keno: "Não vejo dessa forma [fez falta]. Se o Keno tivesse feito falta no primeiro tempo, poderia ter feito falta no segundo. Foi uma questão mais tática, o Lima jogou bem daquele lado, o Arias bem pelo dele. Temos um pouco mais de volume ofensivo, naturalmente, pelo lado direito. A gente conseguiu espalhar mais o time no campo e teve volume dos dois lados. O Keno faz falta por ser um jogador agressivo, tem mais recursos de drible, mas não foi uma questão dele ter jogado ou não."

Lesões: "Ninguém quer que o jogador se lesione. A gente quer contar com todo mundo, temos um índice muito baixo de lesão. O Samuel Xavier não se lesionou no jogo, ele se preservou. Estava sentindo um incômodo e saiu. Ele talvez fique fora de mais um jogo, mas ele ficou com receio de se machucar. O Keno de fato se machucou e vamos ficar um tempo sem ele, mas é normal e temos um elenco que me satisfaz, eu gosto. Não estou preocupado com as questões das lesões porque acredito no trabalho que a gente faz."

Priorizar campeonatos: "O time jogou na terça-feira, tivemos quatro dias para nos prepararmos e eu não tenho muito isso de mesclar. Achei que naquela ocasião [contra o Fortaleza] a gente precisa preservar um pouco mais os jogadores pela sequência, pelo jogo do Fortaleza, o campo ser ruim, duro, o calor. Além disso, teve a viagem. Não é o caso de hoje, que jogamos dentro da nossa casa, com um bom campo e preparamos bem o time. O melhor hoje era repetir o time."