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Flamengo de Sampaoli leva 10 gols em cinco jogos com falhas variadas

Jorge Sampaoli, técnico do Flamengo, durante clássico contra o Botafogo - Thiago Ribeiro/AGIF
Jorge Sampaoli, técnico do Flamengo, durante clássico contra o Botafogo Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

08/05/2023 04h00

Os dois gols sofridos pelo Flamengo na derrota de virada para o Athletico fizeram com que a sequência mais recente de Jorge Sampaoli tenha dez gols sofridos em cinco jogos.

O que aconteceu

As falhas defensivas são variadas e apontam a inconstância não só do goleiro Santos, criticado pela forma como permitiu o gol de Vitor Roque, ontem (7).

Teve erro de marcação em bola aérea, equívocos individuais, lances fortuitos e um sistema que ainda não apresenta segurança. Sampaoli e os jogadores admitem isso.

O Flamengo só venceu uma partida (contra o Maringá) e empatou outra (contra o Racing) nessa amostra de cinco jogos e dez gols sofridos. Foram três derrotas — para Internacional, Botafogo e Athletico — todas pelo Brasileirão.

O único jogo em que o Flamengo de Sampaoli não tomou gol foi no primeiro dos seis jogos dele no clube, contra o Ñublense: 2 a 0 pela Libertadores.

Os gols sofridos pelo Flamengo de Sampaoli

Contra o Athletico (2 a 1)

1 - Goleiro Santos saiu equivocadamente ao tentar adivinhar onde a bola iria e foi batido na jogada por um domínio errado de Vitor Roque.

2 - Tabela no setor esquerdo defensivo e avanço do lateral adversário resulta em chute cruzado. No rebote, Erick estava sozinho na área para chutar para o gol praticamente vazio.

Contra o Racing (1 a 1)

3 - Falta cometida pelo lateral-direito Wesley, expulsão e cobrança de falta certeira de Oroz. Santos não pulou na bola. Ajoelhou-se e o golpe de vista não funcionou.

Contra o Botafogo (3 a 2)

4 - Pênalti ocasionado por um bote mal dado por Wesley dentro da área.

5 - Falha da marcação na bola aérea: Danilo cabeceou sozinho após cobrança de escanteio.

6 - Mesmo com um a menos, Flamengo permitiu avanço do Botafogo pela direita. Tchê Tchê escapou, cruzou para trás, já que David Luiz não conseguiu chegar abafando. Tiquinho bateu sem marcação.

Contra o Maringá (8 a 2)

7 - Gol contra feito por Fabrício Bruno, após batida de escanteio.

8 - Gol em uma finalização de fora da área, que desviou nas costas do jogador adversário e encobriu Santos.

Contra o Internacional (2 a 1)

9 - Ataque colorado nasce de uma cobrança de lateral e avanço pelo meio-campo. Léo Pereira não ganha dividida com Wanderson, que acha Maurício entrando livre nas costas do lateral Ayrton Lucas. O meia não perdeu.

10 - Outra cobrança de lateral. Passe de Allan Patrick passa por Jean, que não prossegue na jogada ao tentar cavar pênalti. Mas a bola vai para Maurício do mesmo jeito. Ele tem tempo de dominar, limpar a marcação e bater por cima de Santos, ligeiramente adiantado.

O que eles disseram?

A gente não pode ter mais de 60% de posse de bola na casa do adversário e perder a partida. Nossa equipe hoje é uma equipe frágil, tem tomado gols em jogadas bobas, que dariam para serem evitados".

Everton Cebolinha, atacante do Flamengo

Nosso time joga para frente. Sempre que a gente tiver atacando, temos que estar concentrados ali atrás para não acontecer o que aconteceu hoje: duas bobeiras nossas, dois gols deles".

Léo Pereira, zagueiro do Flamengo

O desenho tático

Sampaoli alternou basicamente dois sistemas de jogo —um com três zagueiros e outro com dois zagueiros. Houve ajustes táticos de posicionamento que afetaram o balanço entre os laterais (mais ou menos avançados) e também na formação do meio-campo. O Flamengo mostrou insegurança em qualquer um deles.

Como resolver?

Sampaoli pediu reação rápida do time. Admitiu que há ansiedade, o que afeta a tomada de decisão. E pontuou que as falhas são tanto defensivas quanto ofensivas, já que o time também tem desperdiçado chances.