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Luxemburgo vê 'coisas positivas' apesar de derrota de 3 a 0 do Corinthians

Do UOL, em São Paulo

11/05/2023 23h02

O técnico Vanderlei Luxemburgo, do Corinthians, disse que viu "coisas positivas" em seu time apesar da derrota de 3 a 0 para o Botafogo, em jogo do Campeonato Brasileiro ocorrido hoje no Rio de Janeiro.

Raio-x da partida. "Perdemos um jogo de três, mas tivemos coisas positivas. O Wesley chegou, o Barletta mostrou que pode chegar, o Pedro chegou no jogo passado, o Felipe também está chegando... a gente vai fazendo as coisas acontecerem, é que as derrotas não ajudam muito. A derrota muda bastante. Fico chateado, os jogadores também precisam estar chateados, mudar para o próximo jogo. Saber que algumas coisas boas e ruins aconteceram, mas é uma análise interna."

Sequência pesada. "É tudo que o jogador de futebol tem que querer. Eu tenho passado isso para eles. Você, quando vai fazer uma reportagem com o Pelé, Zico... não é tudo que você quer? O grande jogo é tudo o que o jogador tem que querer. Imagina você ter uma sequência pesada. Ela é boa porque temos a possibilidade de ganhar e se encontrar nessa sequência pesada. Se ele não tiver olhando para isso e tiver com medo da sequência, não tem que jogar no Corinthians. Tem que olhar como uma coisa diferente e bonita."

Irritação com repórter após pergunta sobre preparador físico. "Me perdoe, mas você está perguntando o que você acha que o torcedor pensa. Eu não estou me omitindo. Na sua empresa, você resolve os problemas internamente ou externamente? Sei que têm coisas para acontecer e vão acontecer. Na hora que começar a ganhar, todos os questionamentos param. Eu não vou crucificar jogador. Se tiver que dá porrada, torcida do Corinthians: dê porrada em todos nós. Primeiro em mim, segundo nos jogadores. Eu não vou chegar aqui e crucificar jogador nenhum meu porque você quer saber de um questionamento interno. Vai ter. Vamos conversar, e os resultados vão aparecer. Se for positivo, vocês vão elogiar, se for negativo, a pergunta vai ser pior. A troca do preparador é questão filosófica, não quero entrar no mérito da qualidade."

Problemas na defesa. "Quantas defesas o Cássio fez no jogo? Tomou três gols, mas quantas defesas ele fez? Não é questão da defesa. Temos que analisar o gol como saiu e da forma com que saiu, e vou analisar internamente. Quantas vezes o Cássio fez intervenções? Foram dez, doze vezes? Não. Até a hora do 1° gol. O 1° gol foi de escanteio. Estávamos jogando sólido e tomamos gol de bola parada. Não há esquema que dê jeito em bola parada. Quero analisar as coisas com calma e tranquilidade. Se fosse uma deficiência defensiva, o goleiro teria feito diversas defesas. Eles fizeram três gols por mérito, mas não foi uma avalanche ofensiva contra a defesa."

Declaração de 2010 sobre motivação. "Vou deixar essa pergunta passar, não vou responder, me perdoe. Senão você vai entrar em experiência, modernidade... e não dá para falar sobre tudo aqui. Mudanças aconteceram e acompanhei todas elas, mas discordo de algumas. Seria um debate mais caloroso. A motivação? Estou com ela apontada para o céu, você já viu? Não queira ver. Não estou me negando a responder, mas foi uma fala de 2010 e estamos em 2023, e a maior discussão em cima desse período é se estou ultrapassado. Se eu não tivesse motivado, eu não estaria aqui, estaria em casa com meus netos e cachorros. Estamos em 2023, muita coisa aconteceu. A pergunta está relacionada se estou motivo.

Virar a chave. "Só nós mesmos [para virar a chave], e vamos conseguir. Estamos detectando as coisas que estão acontecendo, há coisas negativas e positivas. Temos que virar a chave, não tem como ser diferente. Ou viramos, ou então... Vamos virar com trabalho, equilíbrio, seriedade, não discutir as coisas externamente. Discutir externamente só traz confusão. É mostrar que estamos evoluindo, não tem outra maneira de ser. Ganhou o 1° jogo? Com certeza o 2° fica mais fácil de ganhar."

Esquema de apostas. "Eu estou achando ótimo isso [investigação] acontecer. Quem tiver que se ferrar, que se ferre, essa é a realidade. Não tem como você preservar ninguém que faz coisas erradas e prejudica todo um processo do futebol. Onde o dinheiro está chegando? O problema são os donos das casas de apostas? Não. Eles são donos de uma coisa, o problema está na relação onde você fica vulnerável. Tem que punir todo mundo doa a quem doer. Se tiver falcatrua, tem que punir, por isso sempre fui negativo com mala branca e mala preta. Quem recebe um, pode receber outro. Se o Flamengo precisar pagar alguém para ganhar o jogo, está tudo errado. Faltou alguma coisa. Não existe isso de mala branca ou preta. Sou contrário a isso. Estou achando ótimo. Quem fez bobagem, segura sua onda. Precisa moralizar. Quem não presta, bota para fora e vamos moralizar."

Pressão. "A torcida está cobrando e temos que dar respostas, mas não quero que você me pressione e me faça colocar meus jogadores em risco. Hoje, o nome que eu falar aqui, toma porrada lá fora. Temos que entender que são seres humanos. O torcedor está insatisfeito e tem toda razão para cobrar, mas não vou crucificar nenhum jogador para que ele não possa levar o filho na escola, não poder ir no supermercado, farmácia... Quando você coloca o nome da pessoa, você coloca o dedo direto nele."

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