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SAF Botafogo divulga balanço com déficit de R$ 248 milhões em 2022

John Textor, dono da SAF Botafogo, em visita ao Nilton Santos -  Vitor Silva/Botafogo
John Textor, dono da SAF Botafogo, em visita ao Nilton Santos Imagem: Vitor Silva/Botafogo

DO UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

11/05/2023 18h02

A SAF Botafogo divulgou o balanço financeiro do primeiro ano de operação na administração do futebol. A empresa que tem John Textor como principal acionista fechou 2022 com um déficit de R$ 248,2 milhões.

O que aconteceu

Entre as receitas, a SAF registrou arrecadação líquida de R$ 141,6 milhões ao longo de 2022 — considerando que assumiu efetivamente a gestão do futebol do Botafogo em março do ano passado.

Nas despesas, o custo das atividades ficou em R$ 268,9 milhões. Esse valor se junta a outras despesas administrativas e operacionais (R$ 115,5 milhões), além das despesas financeiras (R$ 5,5 milhões).

A SAF Botafogo desrespeitou o prazo estipulado na Lei Pelé para publicação das demonstrações financeiras — o último dia útil de abril.

Transparência?

A SAF do Botafogo não detalhou despesas e nem receitas. Essa prática acontece em clubes que viraram empresas, como o Red Bull Bragantino, e entendem que, por serem entidades privadas, não precisam detalhar a esse ponto suas demonstrações financeiras.

E o clube social?

O Botafogo de Futebol e Regatas, que ainda tem 10% das ações da SAF e geriu o futebol até março, registrou R$ 7,4 milhões de receita com futebol em 2022.

O custo do departamento de futebol, por outro lado, ficou em R$ 18 milhões ao longo do período.

Clube social e esportes olímpicos geraram mais R$ 15,1 milhões de receita.

O balanço do Botafogo FR foi turbinado pela operação da SAF, que gerou uma injeção de capital da SAF na casa de R$ 83 milhões em 2022, e outros aspectos contábeis.

No frigir dos ovos, o clube social teve superávit de R$ 123,4 milhões.

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