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Sem Santos, Matheus Cunha é crucial para o Fla não levar gol após 5 jogos

Matheus Cunha, goleiro do Flamengo - Divulgação
Matheus Cunha, goleiro do Flamengo Imagem: Divulgação

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

11/05/2023 12h00

A escalação começou diferente. O placar de 2 a 0 também foi, na comparação com os cinco últimos jogos do Flamengo. Sem Santos e com Matheus Cunha como goleiro titular ontem (10), o time de Jorge Sampaoli voltou a sair de campo sem sofrer gols. Algo que não aconteceu nos cinco jogos anteriores.

Matheus Cunha foi discreto, trabalhou relativamente pouco - já que o Flamengo dominou o jogo amplamente. Mas ainda assim foi crucial para que nenhuma bola fosse no fundo das redes no lado rubro-negro do Maracanã.

"Passei um tempo sem atuar. Voltar dessa forma é muito bom. Sem tomar gol, tranquilo".

Matheus Cunha, que em duas semanas faz 22 anos.

O contexto da escalação

Matheus Cunha ganhou uma chance em um momento no qual Santos não conta com a confiança plena da torcida. A falha no jogo passado, no primeiro gol que abriu a virada do Athletico, é o evento mais recente em uma temporada de inconstância.

O que doeu mais no goleiro, literalmente, foi a joelhada que levou de Vitor Roque no lance do segundo gol. Santos apagou, o clube chegou a suspeitar de fratura na face, mas o diagnóstico mais grave não se confirmou.

Mas, segundo o técnico Jorge Sampaoli, Santos não teve condições de jogar contra o Goiás, embora, na prática, tenha sido o único goleiro no banco do Flamengo.

Cunha, que já tinha entrado a partir dos 39 minutos do segundo tempo da partida anterior, voltou a fazer um jogo como titular depois de aproximadamente dois meses. Ele atuou na derrota por 2 a 1 para o Fluminense, ainda na Taça Guanabara.

Como ele jogou

Taticamente, o papel do goleiro não foi diferente. Por vezes avançado, jogando com os pés, participando da construção inicial e atento a eventuais coberturas defensivas, já que o Flamengo passou a maior parte do tempo no campo de ataque.

A primeira intervenção relevante de Matheus Cunha no jogo foi aos 18 minutos do primeiro tempo. O chute de fora da área de Matheus Peixoto foi bem no canto, mas o goleiro do Flamengo se esticou e defendeu.

Nas arquibancadas, era possível sentir suspiros de alívio a cada passe com os pés que tinha destino certo. Em uma bola mais longa no segundo tempo, quase saiu gol de Matheus França. Na cobertura defensiva, Cunha chegou a tirar uma bola de cabeça, fora da área. Sinal de que estava atento.

Segundo o Footstats, o Goiás deu seis chutes na direção do gol. Cunha só "bateu roupa" em uma delas. Foi uma defesa menos técnica, mais no susto, porque a bola quicou antes e ele rebateu com o peito para frente, aos 6 minutos do segundo tempo. O jogo já estava 2 a 0 àquela altura.

O lance crucial

A jogada capital para que o Flamengo não sofresse gol foi já aos 38 minutos do segundo tempo. O Goiás encaixou um raro contra-ataque que culminou com a finalização de Diego Gonçalves, mesmo marcado. Matheus Cunha saiu do gol, fechou o ângulo e defendeu com a perna direita.

E Santos?

Sampaoli não quis cravar uma mudança definitiva de goleiro e lamentou não poder contar com Santos.

Como a pancada no rosto foi no domingo, ele não treinou a todo vapor durante a semana, até por apresentar episódios de tontura, relatados a pessoas próximas. Santos não passou na zona mista após a partida, mas quem o viu em outras áreas do Maracanã relatou inchaço na região da pancada.

A ausência dele por causa da pancada coincide com a chegada de um novo preparador de goleiros ao Flamengo. Rogério Maia chega do Atlético-MG, mas não trabalhou no jogo de ontem (10). A tarefa ficou com o preparador Thiago Eller.