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Luxemburgo vê Corinthians com problema emocional e explica afastamentos

Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)

14/05/2023 19h29

Com 13 dias como técnico do Corinthians, Vanderlei Luxemburgo vê o emocional como o principal problema da equipe. Em entrevista coletiva após o empate contra o São Paulo hoje (14), o treinador, no entanto, disse que vê o time evoluindo.

O futebol é muito complicado. Tenho uma semana ou 10 dias aqui e as pessoas querem que eu consiga mudar tantas coisas como se fosse uma ciência exata. Precisam muitas coisas serem feitas para encontrarmos um equilíbrio como equipe. Evoluímos porque o maior problema do Corinthians está no emocional" Vanderlei Luxemburgo, técnico do Corinthians

O que mais ele disse?

Afastamento de jogadores: "Foi tudo conversado profissionalmente. Tudo o que for acontecer vai ser passado para vocês. Foi tratado o Balbuena, o Du Queiroz e o Júnior Moraes profissionalmente. O Balbuena é fantástico, foi campeão, tem um contrato que termina daqui a pouco, e o Corinthians não vai exercer o direito de ficar com ele. Não tem por que ficarmos com um jogador dentro do grupo treinando, de repente falta um jogador no treino, colocamos ele e aí acontece uma lesão. Teríamos que renovar o contrato e quanto isso custaria para o clube? Somos obrigados a pensar. Não houve nenhuma sacanagem com ninguém."

Incômodo por sempre sair atrás: "Sim e nós estamos melhorando [após gol sofrido]. Já conseguimos contra o Fortaleza e hoje contra o São Paulo. Preciso que eles entendam que sair atrás também faz parte do futebol, fica mais difícil de você ganhar, é sempre bom sair na frente."

Comemorar empate: "Não jogamos um grande jogo, mas o São Paulo também não. Foi um clássico ameno, suave, daqueles que estamos acostumados a ver. A nível de resultado, até falei para os jogadores 'comemorem' o resultado do empate, mas só por causa do nosso momento. Jogando em casa, mesmo sendo um clássico, temos a obrigação de ganhar e sabemos que podemos mais. Isso é um trabalho crescente, que está começando a acontecer."

Tabu mantido: "Existe uma coisa no futebol que pertence à torcida e eu não queria fazer parte dela: o São Paulo não ganha aqui tem 10 anos, eu não queria ser o cara que perdeu aqui e os jogadores não. Por isso, o empate se torna um bom negócio pelo momento nosso e por não ficarmos marcados por uma coisa negativa para o torcedor."

Ganhar de meio a zero: "O time campeão do Corinthians tem a características de se fechar. Essa é uma característica do Corinthians, de atrair e marcar apressado e sair em velocidade. Eu cheguei agora, estou em processo de transição na parte física, técnica, tática e emocional. Se eu não tenho isso, tenho que fazer com que a equipe não perca e ganhe de meio a zero com gol de bunda. Aí você vai mudando."

Wesley: "Você sabia que tinha um ano que o Corinthians não sofria um pênalti aqui dentro? Sofreu hoje. Jogador quando entra na área vai ter essa contestação se foi ou não, mas se ele não entra, nem isso vai ter. Já entramos na área, lançamos mais um moleque que é ousado, insinuante, vai para cima dos caras."

Resultados em casa: "A gente sabe que o Corinthians tem que fazer 85% ou 90% dos pontos que disputar em casa. Isso não é uma realidade do Corinthians e é o que temos que mudar. Eu falei para os jogadores no final do jogo 'não podemos ir para casa satisfeitos de achar que é o resultado que queremos'. Aqui, mesmo com São Paulo, Flamengo, seja quem for, temos que buscar a vitória. O torcedor vai ser fundamental, ele é atuante."

Yuri e Guedes juntos: "Tenho que achar um jeito de eles jogarem juntos porque são bons jogadores. Tenho que ter muito cuidado porque senão a gente expõe muito. Será que eu treinei para o Róger Guedes acompanhar ou outro jogador que tinha que dar uma sustentação para o Bidu [no lance do gol do São Paulo]? Eu tenho a obrigação de fazer isso, mas não vou falar."

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