CBF vê erros de procedimentos em lances de Endrick e Calleri
A comissão de arbitragem da CBF acredita que houve erros de procedimentos nos lances polêmicos do fim de semana envolvendo Endrick, em Palmeiras x Red Bull Bragantino, e Calleri, em Corinthians x São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro.
O que aconteceu
A CBF decidiu fazer um vídeo com o presidente da comissão de arbitragem, Wilson Seneme, sobre a atuação da arbitragem no final de semana, incluindo vários jogos.
Dois dos lances analisados são os de Endrick e Calleri. No lance do jogo do Palmeiras, o juiz alegou toque de mão do atacante e não marcou pênalti. No caso do clássico, o árbitro apitou a falta de Calleri sobre Fagner antes de o centroavante fazer o gol no rebote.
Em relação a Endrick, Seneme afirma que a decisão de não marcar o pênalti foi correta, mas que Savio Pereira Sampaio procedeu de maneira errada, já que marcou a mão do atacante, que não aconteceu, e não a falta em cima do goleiro do Bragantino.
Segundo Seneme, o árbitro não pode fazer um gesto caso não tenha certeza. "Ele faz um gesto de que pegou no braço. Ele se comprometeu com algo que não existiu. Ele estava certo pela falta anterior, mas estava errado porque se compromete com esse gesto que ele faz".
Em relação ao lance de Calleri, Seneme também concorda com a decisão de anular o gol são-paulino por conta da falta do atacante, mas diz que Bruno Arleu de Araújo deveria ter esperado a bola entrar para usar o apito, já que sua decisão impediu a checagem do gol.
"Ele errou no procedimento. Se não houvesse infração, ele não teria permitido o uso da ferramenta VAR. Ele deveria ter retardado o uso do apito esperando que a bola entrasse no gol para depois marcar a falta. Mas, na minha visão, o árbitro acertou", disse Seneme.
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Veja o que mais ele disse:
Lance de pênalti em Endrick
Falta de Endrick no goleiro. "A comunicação não foi legal, porque o árbitro, como estava muito distante, achou que era a mão do atacante que toca a bola, mas é a mão do goleiro. O goleiro agarra o atacante, só que, antes do agarrão, o jogador do Palmeiras vai contra o corpo do goleiro. Toda vez que um goleiro tem as duas mãos erguidas e está saltando para ir à bola, ele tem, sim, uma proteção da regra de não ser tocado neste momento. Isso é uma infração, antes do pênalti. O árbitro de vídeo observou que, apesar da bola ter tocado na mão do goleiro, houve uma falta anterior do jogador do Palmeiras".
Árbitro acertou, mas errou no procedimento. "A gente espera o quê dos árbitros? Que eles não façam gestos se eles não têm certeza. Ele faz um gesto de que pegou no braço. Ele se comprometeu com algo que não existiu. Ele estava certo pela falta anterior, mas estava errado porque se compromete com esse gesto que ele faz. E às vezes, o treinador toma cartão amarelo, como foi esse caso, por não entender essa comunicação do árbitro, que precisa ser melhorada. Mas, neste caso, efetivamente houve falta antes do pênalti, por isso o árbitro acertou".
Lance do gol de Calleri
Impediu checagem do gol. "Um dos membros do VAR diz que ele [árbitro] apitou antes. O que isso significa? Que ele apitou antes de a bola entrar no gol. O árbitro de vídeo não faz nada, porque quando ele recebe a informação de que 'eu apitei antes de a bola entrar', o árbitro de vídeo não pode mais entrar naquela possível infração. Passa a ser uma decisão do árbitro de campo. Na nossa visão, o árbitro de campo acertou ao marcar a infração. Ele errou no procedimento. Se não houvesse infração, ele não teria permitido o uso da ferramenta VAR. Ele deveria ter retardado o uso do apito esperando que a bola entrasse no gol para depois marcar a falta. Mas, na minha visão, o árbitro acertou".
Falta de Calleri em Fagner. "O Calleri só consegue alcançar a bola porque desloca o jogador do Corinthians para frente. Aí abriu a possibilidade de o Calleri cabecear. Na nossa visão, foi corretamente marcada essa infração".
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