STJD determina suspensão preventiva de oito jogadores por manipulação
Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)
16/05/2023 21h34Atualizada em 17/05/2023 08h51
O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Otávio Noronha, aceitou o pedido da procuradoria e determinou a suspensão preventiva de oito jogadores cujos nomes estão envolvidos no esquema de manipulação de partidas. A suspensão preventiva é por 30 dias.
Quais jogadores foram suspensos:
Eduardo Bauermann (Santos)
Moraes (Aparecidense, ex-Juventude)
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Gabriel Tota (Juventude)
Paulo Miranda (Náutico, ex-Juventude)
Igor Cariús (Sport, ex-Cuiabá)
Matheus Gomes (Sergipe)
Fernando Neto (São Bernardo, ex-Operário-PR)
Kevin Lomónaco (Red Bull Bragantino).
O que aconteceu
Até a decisão de hoje (16), os jogadores ainda podiam ser escalados pelos seus clubes — embora alguns times tenham tomado a decisão de suspender contratos e afastar envolvidos.
A suspensão preventiva faz parte de um processo já aberto na Justiça Desportiva, que renderá julgamento futuro aos citados.
Noronha considerou que as provas apontam "a materialidade e a autoria das infrações gravíssimas que estão inquinadas".
Jogadores foram denunciados pelo MPGO
Seis dos jogadores suspensos por 30 dias foram denunciados pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) e se tornaram réus na Justiça sob acusação de envolvimento no esquema de manipulação de partidas de futebol.
Kevin Lomónaco e Moraes fizeram acordo com o MP e não foram denunciados na Justiça comum, já que viraram testemunhas e admitiram a participação. Mas eles foram inseridos no pedido de suspensão preventiva feito pela procuradoria do STJD.
Segundo a investigação, os jogadores citados combinavam com apostadores para levar cartões amarelos ou vermelhos.
A denúncia contra os jogadores na Justiça Desportiva considera eventos acontecidos nas competições nacionais — Séries A e B — e foi feita com base nos artigos 243 e 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
O texto prevê punição a quem atua deliberadamente para prejudicar a equipe que defende e também age de forma contrária à ética desportiva para influenciar resultado de partida, prova ou equivalente.