Luxa vê 'estratégia boa' em derrota e ironiza desvantagem do Corinthians
O técnico Vanderlei Luxemburgo, do Corinthians, classificou a estratégia de sua equipe como "boa" apesar da derrota de 2 a 0 para o Atlético-MG, em jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.
Atuação dentro de campo. "São escolhas, estamos botando a molecada. A equipe teve uma estratégia muito boa e, de repente, tomamos dois gols que imaginávamos que pudessem acontecer. Eles tinham uma jogada no 1° tempo muito forte em cima do Fábio Santos, mas corrigi com o Maycon e neutralizamos. Aí o juiz deu um cartão amarelo para os dois e ficou muito vulnerável. Tirei o Maycon para colocar um jogador sem cartão e, logo na mudança, saiu o gol."
Ironia sobre desvantagem. "Não é proibido ganhar de dois. Se tivesse proibido alguma coisa no regulamento sobre ganhar de dois, a gente já entregaria para o Atlético. Tem que jogar o próximo jogo. Tem Flamengo, Fluminense e outros jogos antes. O Corinthians já ganhou de dois na Arena, como o Atlético ganhou aqui. Existe a possibilidade de a gente ganhar."
Dá para reverter? "É um resultado ruim de dois gols, mas não terminou. São 180 minutos. Alguma coisa boa aconteceu, sempre falo. Fizemos a entrada do Paulinho como volante e ele jogou muito bem, ele participou, desarmou... As mudanças que poderiam dar um efeito diferente, não deram o efeito que esperávamos, aí tivemos uma queda muito grande. A gente acerta e erra, faz parte do futebol. Em um jogo decisivo você não pode perder tempo. A estratégia de trazer o Atlético para o nosso campo deu certo, tivemos a possibilidade de matar o jogo com o Fausto, mas ele deu de peito de pé. Mas está tudo bem. É lamentar o resultado, mas não está perdido. É trabalhar para o próximo jogo."
Bruno Méndez pode entrar no time? "Eu vejo o início dos gols, como a jogada começou para terminar... Geralmente, quando você toma o gol, falam que a defesa falhou, mas não é assim. Você quer tirar o Gil ou o Murillo do time [para colocar o Méndez]? Se você falar que a defesa está falhando... às vezes, as coisas terminam na defesa e você não sabe o motivo. Me preocupa essa análise de você falar que é [culpa] do Murillo ou do Gil. Vejo de uma maneira diferente. Tomamos gol no jogo passado quando o Gil tentou antecipar, mas na origem da jogada, faltou cobertura do lado do campo para que a bola não cruzasse a pequena área. A culpa vai em quem tentou fazer alguma coisa? Eu vejo diferente. O Bruno Méndez vai ter a oportunidade na hora certa, mas vai ser assim."
Por que só três substituições? "Porque optei por não usar [mais dois jogadores], é muito simples."
Diferenças do 1° para o 2° tempo. "O Atlético-MG começou a atacar muito forte pela direita, o Róger [Guedes] estava acompanhando até o final do campo, o Mariano organizava por dentro e ficamos vulneráveis. Aí corrigi, coloquei o Maycon para ajudar o Fábio e o Róger pegando o Mariano. Aí jogamos bem equilibrados, eles tentaram e não conseguiram. Eu tiro o Maycon porque ele e o Fábio estavam com amarelo. Quando eu faço isso, sai o gol. É duro você fazer uma análise desse jeito. O gol faz diferença. Aí saiu o 2° gol. Sabíamos que eles entravam na área. O passe do Hulk será que foi muito ruim? Temos que analisar com um pouco de coerência, calma e não simplesmente arrebentar com quem perdeu, falar que a defesa falhou... tem que ver a virtude do adversário."
Pedro cortado e Donelli no banco. "O Cássio alegou uma dor no adutor no aquecimento. Como posso ir para o jogo com um cara que alegou uma dor no aquecimento? Falei: 'vou me prevenir porque, se tiver que sair o Cássio, tenho que ter outro goleiro dentro do jogo [e outro no banco]'. Eu tirei o Pedro porque eu tinha mais jogadores de lado de campo. Tinha o Adson, Barletta, o Felipe que poderia fazer o lado..."
Adson no banco. "Em momento algum eu cogitei o Adson no jogo. Ele estava no banco, mas você não viu eu chamar ele. Eu chamei o Barletta porque eu queria uma diferença de característica, precisava que a bola segurasse um pouco mais com o Barletta, porque estávamos perdendo a bola e não conseguíamos sair da defesa. Infelizmente, não deu, mas em momento algum eu cogitei o Adson."
Pouca posse de bola. "Tivemos uma estratégia e duas bolas para decidir o jogo, uma com o Wesley e outra com o Fausto. É estratégia. Vamos falar sobre o Fla-Flu? Todo mundo enalteceu o Fluminense, que ficou 45 minutos se fechando ali atrás. São coisas muito parecidas, aí você vê muito defeito de um lado e esquece de ver o outro lado. O Flamengo teve no 2° tempo uns 80% de posse de bola, agora eu não posso fazer isso?"
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