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Vítor Pereira fala pela primeira vez após sair do Brasil: 'Não foi fácil'

Vítor Pereira, ex-técnico do Flamengo e do Corinthians. - Thiago Ribeiro/AGIF
Vítor Pereira, ex-técnico do Flamengo e do Corinthians. Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Do UOL, em São Paulo

18/05/2023 15h18

Vítor Pereira fez sua primeira aparição diante da imprensa desde a demissão do Flamengo.

O que aconteceu

O ex-técnico rubro-negro deu sua primeira entrevista desde que deixou o clube. Vítor Pereira conversou com o jornal português Record durante o evento 2Build Talks, em Estoril.

Vítor Pereira falou sobre as passagens por Flamengo e Corinthians. O técnico destacou o número de torcedores dos dois clubes, e disse que o trabalho no Brasil "não foi fácil".

VP afirmou não querer assumir nenhum clube agora. O treinador pretende descansar e aproveitar tempo com a família, mas disse que deve sentir saudade do futebol rapidamente.

O que Vítor Pereira disse

Troca de clube no Brasil: "Passei do Corinthians para o Flamengo, um clube com 40 e tal milhões [de torcedores], outro clube com 50 e poucos milhões. É muito milhão junto, com algumas guerras também no meio, e sinceramente não foi fácil. Também descansei muito pouco de um projeto para o outro e paguei um pouco a fatura. Aliás, ainda estou pagando um pouco a fatura".

Dificuldades no futebol brasileiro: "É muito desgastante porque são viagens constantes, são jogos um atrás do outro, de três em três dias, o campeonato é extremamente difícil. Antes de chegar lá não tinha bem a noção, ouvia dizer mas não percebia, mas é muito difícil e muito competitivo. É sair de 30 graus para 15 graus, andar em viagens que são quase entre continentes. Há times jogando de uma forma completamente distinta e obrigando a que a própria equipe se adapte a formas de jogar muito diferentes, é acabar um jogo e já estarem me pedindo a convocatória para o jogo seguinte, e quem vai viajar e quem não vai viajar...".

Futuro: "Vou descansar, preciso descansar. O futebol é uma paixão, mas ao mesmo tempo é uma droga. Eu hoje estou bem sem ele, precisou parar um pouco, mas tenho a certeza de que daqui a dois meses começo a ter dificuldade em viver sem ele. É como viver sem uma droga que não conseguimos largar. No momento estou bem, vou descansar, estar com a família e fazer coisas que já não faço há muito tempo. Depois vou ver se tenho paciência para agarrar um projeto, mas se o bom projeto não aparecer depressa, lá vou eu para mais uma aventura".