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Apostadores comemoram lucro de R$ 730 mil em aposta: 'Chorei de felicidade'

Bruno Lopez, apontado como um dos líderes da quadrilha que manipulava jogos no futebol brasileiro - Reprodução/Fantástico
Bruno Lopez, apontado como um dos líderes da quadrilha que manipulava jogos no futebol brasileiro Imagem: Reprodução/Fantástico

Do UOL, em Santos (SP)

21/05/2023 22h54

Os apostadores investigados pela Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás, contaram com um cartão amarelo improvável para faturar R$ 730 mil. A comemoração dos membros da quadrilha foi mostrada pelo "Fantástico", da TV Globo, neste domingo.

O que aconteceu

Os apostadores se organizaram por meio de um grupo de mensagens chamado "Operação FDS" para a 25ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2022, em setembro.

Bruno Lopez, um dos chefes do esquema, diz que cinco jogadores estavam confirmados para levar cartões amarelos: Alef Manga e Diego Porfírio (Coritiba), Vitor Mendes (Juventude), Nino Paraíba (Ceará) e Bryan Garcia (Athletico).

Os cinco cartões amarelos renderiam R$ 43 mil. Bryan Garcia foi reserva, mas entrou aos 42 minutos do segundo tempo e levou o amarelo segundos depois.

Somando todas as apostas, o lucro foi de R$ 730 mil e muito comemorado pelos apostadores. Bruno replicou as apostas em mais de um computador.

Até chorei de felicidade. Você é louco. Que peso que eu estava nas costas, que esse maluco não tomava [o cartão amarelo]"
Bruno Lopez

"Pode pagar dobrado", disse outro apostador, sobre o cartão de Bryan Garcia nos minutos finais.

Próximos passos

Alef Manga, Diego Porfírio, Vitor Mendes, Nino Paraíba e Bryan Garcia, de acordo com a Globo, foram convocados para dar depoimento. Nino, Bryan e Porfirio falaram com os promotores na sexta-feira (19), e dois deles admitiram participação — os nomes dos que admitiram participação não foram revelados. O Ministério Público quer que os três ajudem na investigação e façam acordo.

Alef Manga e Vitor Mendes também serão ouvidos em breve. Os cinco jogadores ainda não foram denunciados.

Alef e Vitor foram suspensos por Coritiba e Fluminense, respectivamente. Nino Paraíba e Bryan Garcia tiveram os contratos rescindidos pelo América-MG e Athletico. Diego Porfírio continua no Guarani.

Em contato com o Fantástico, Diego Porfirio afirmou que está colaborando com a Justiça e que "tudo será passado a limpo em breve". Alef Manga alegou que o nome foi apenas citado em conversas de terceiros. Nino Paraíba, Bryan Garcia e Vitor Mendes não se manifestaram.